
Uma onda de emoção tomou conta do Recife nesta quinta-feira (23) durante o encerramento da exposição do consagrado fotógrafo Sebastião Salgado. Visitantes compartilharam momentos de profunda conexão com as obras do artista, que retratam a essência humana e a natureza em sua forma mais pura.
Conexão que transcende a arte
"Parecia alguém próximo a mim", confessou Maria Silva, 58 anos, com lágrimas nos olhos ao observar a série "Gênesis". Como ela, dezenas de admiradores relataram sensações de intimidade e reconhecimento diante das imagens em preto e branco que conquistaram o mundo.
O legado de Salgado em terras pernambucanas
A mostra, que ficou em cartaz por três meses no centro cultural da capital pernambucana, reuniu mais de 100 fotografias icônicas. Entre elas, registros marcantes de tribos isoladas e paisagens intocadas que caracterizam o estilo único do fotógrafo mineiro.
Destaques da exposição:
- Série completa "Trabalhadores"
- Fotos inéditas da Amazônia
- Retratos da África nunca antes exibidos no Nordeste
- Documentário sobre o processo criativo do artista
Último dia com fila dupla
O interesse do público surpreendeu os organizadores, que registraram filas de até duas horas no último dia. "Superou todas as nossas expectativas", afirmou o curador João Mendes, destacando que esta foi a mostra de fotografia mais visitada no Recife nos últimos cinco anos.
Para os fãs, a despedida foi marcada por selfies emocionadas diante das obras favoritas e promessas de acompanhar os próximos projetos do mestre da fotografia documental, que completa 81 anos este ano.