
Quem disse que hospital tem que ser um lugar triste? Na última quarta-feira, algo especial aconteceu no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari. Um grupo de voluntários simplesmente resolveu virar o jogo e levar uma injeção de alegria para quem mais precisava.
E não foi nada muito complicado, sabe? Às vezes são as coisas mais simples que fazem a diferença. Eles chegaram com violão, uns lanches gostosos e — o mais importante — um sorriso no rosto e vontade genuína de fazer o bem.
Música que cura a alma
O som do violão ecoou pelos corredores, e de repente tudo mudou. Pacientes que estavam há dias no hospital, alguns com aquela cara de preocupação, começaram a cantar junto. Uns balançando a cabeça, outros batendo palma. Parecia até que a dor dava uma trégua, mesmo que por alguns minutos.
"A gente vê a transformação acontecer na hora", conta um dos voluntários, ainda com o violão na mão. "É como se a música conseguisse alcançar lugares que o remédio não chega."
Mais que comida, é carinho
E não foi só música não. Eles prepararam lanches e sucos, tudo com aquele cuidado que só quem faz por amor tem. Mas olha, era mais do que distribuir comida — era a oportunidade de conversar, ouvir as histórias de cada um, dar aquela palavra amiga.
Uma senhora, que preferiu não se identificar, confessou entre lágrimas: "Há semanas que ninguém me perguntou como eu estava de verdade. Hoje me senti vista, me senti gente outra vez."
Brincadeira que dá esperança
No setor pediátrico então, a coisa ficou ainda mais bonita. As crianças, que antes estavam quietinhas nos leitos, se transformaram completamente. Gargalhadas, correria — dentro do possível — e aquela energia contagiante que só criança tem.
Os voluntários organizaram brincadeiras, distribuíram brinquedos e, pelo menos por algumas horas, fizeram as crianças esquecerem que estavam num hospital. Um dos meninos, não deve ter mais que 7 anos, resumiu tudo: "Hoje foi o meu dia de sorte!".
Por trás dos sorrisos
O que muita gente não imagina é que essa turma do bem se reúne regularmente, sempre às quartas-feiras. Eles vão rodando por diferentes unidades de saúde, levando essa mesma energia positiva. Não recebem um centavo por isso — na verdade, muitas vezes tiram do próprio bolso para comprar os lanches e materiais.
"É nosso jeito de retribuir à vida", explica uma voluntária que participa do grupo há mais de um ano. "No final, a gente sempre sai ganhando mais do que entrega."
E sabe o que é mais interessante? Muitos dos voluntários já foram pacientes em hospitais ou têm familiares que passaram por situações difíceis. Eles conhecem na pele a importância de um gesto de carinho num momento tão delicado.
O poder do simples
Enquanto a medicina cuida do corpo, essas ações cuidam da alma. E no fim das contas, todo mundo sabe que os dois precisam andar juntos para a cura acontecer de verdade.
O hospital, que normalmente é associado a dor e sofrimento, por um dia se transformou num lugar de esperança. Prova de que pequenos gestos podem sim fazer uma diferença enorme.
Que venham mais ações assim, não acham? O mundo precisa de mais gente disposta a fazer o bem sem olhar a quem.