Não foi só uma visita técnica. Foi algo mais profundo, mais humano – talvez o tipo de experiência que fica gravada na alma de quem estuda saúde. Alunos do curso de Enfermagem da Universidade do Vale do Sapucaí (UNIVÁS) transformaram um dia comum no Lar São Vicente de Paulo, em Borda da Mata, em algo extraordinário.
Imagine o ambiente: não apenas aferição de pressão e glicemia – que foram feitas com rigor, claro –, mas também conversas olho no olho, ouvidos atentos para histórias de vida que os livros não contam. Eles foram além do protocolo. Muito além.
O Cuidado que os Números não Mostram
Sim, os dados de saúde foram coletados. Mas o que realmente importou foi a escuta. A professora Dra. Patrícia de Paula, que coordenou a ação, disse algo que resume tudo: "É sobre humanizar. O idoso precisa se sentir visto, não apenas medicado." E foi isso que fizeram.
Os acadêmicos – ainda em formação – aplicaram na prática o que aprenderam na teoria. E, cá entre nós, aprenderam muito mais do que ensinaram. A troca foi visceral.
- Aferição de pressão arterial e glicemia capilar – o básico, mas feito com um toque especial;
- Orientações personalizadas sobre medicação – porque cada organismo é um universo único;
- Uma escuta ativa e genuína – talvez o remédio mais subestimado da atualidade;
- Promoção de hábitos saudáveis – mas sem sermões, com conversas de verdade.
Não houve pressa. Ninguém estava de passagem. Eles estavam presentes. E isso, num mundo de consultas de 15 minutos, é revolucionário.
Quem Ganhou Mais: Os Idosos ou os Futuros Enfermeiros?
Essa é a beleza da coisa. A troca foi mútua. Os residentes do lar ganharam atenção, cuidado e – por que não dizer? – um pouco de alegria jovem entrando pelos corredores. Já os alunos saíram de lá com uma lição que nenhum simulador de laboratório poderia dar: a complexidade, delicadeza e privilégio que é cuidar de uma vida com história.
A UNIVÁS, através do seu Núcleo de Extensão, insiste em embedar esse tipo de vivência na grade. E faz todo o sentido. Forma técnicos competentes, mas também profissionais sensíveis. E o mercado – para não falar da sociedade – precisa desesperadamente dos dois.
Borda da Mata testemunhou um daquuns dias que restauram a fé na educação e na medicina. E olha, nos tempos que correm, isso não é pouco. É tudo.
