O coração de Senador Guiomard parece ter parado por um instante nesta quinta-feira. Não era para menos — diziam adeus a alguém que havia colorido tantas vidas com sua energia contagiante.
Era quase palpável, sabe? Aquela dor silenciosa que se espalha quando perdemos alguém especial. A igreja, lotada, testemunhava cenas que ficarão na memória: amigos abraçados, alunos chorando, familiares tentando encontrar consolo nas lembranças.
Mais do que passos de dança
O que esse homem representava ia muito além das aulas de Zumba. Ele não apenas ensinava coreografias — criava pontes entre pessoas. Transformava salões comunitários em espaços de cura, onde o estresse da semana se dissolvia ao som da música latina.
Quem frequentava suas aulas sabia: era impossível sair igual. A energia dele era daquelas que contagia até a pessoa mais reservada. E olha, eu mesmo já vi casos de pessoas que chegaram cabisbaixas e saíram dançando pelo corredor.
O legado que permanece
O interessante é que sua influência extrapolava as quatro paredes do studio. Nos mercados, nas farmácias, nas praças — sempre havia alguém cumprimentando-o com um sorriso largo. Ele tinha esse dom de fazer cada pessoa se sentir importante.
E não era só sobre exercício físico, entende? Muitos encontravam nas aulas uma terapia, um refúgio, quase uma segunda família. Aquele espaço se tornou um ponto de encontro onde diferenças sociais simplesmente desapareciam ao primeiro compasso musical.
O velório foi daqueles que marcam uma comunidade. Filas que pareciam não ter fim, abraços que demoravam mais que o usual, histórias sendo compartilhadas em voz baixa — cada detalhe contava a mesma história: essa partida deixava um vazio difícil de preencher.
Uma lição que fica
Talvez a grande mensagem que fica é que ele mostrou como uma vida simples, dedicada a fazer o bem onde se está, pode ter um impacto profundo. Enquanto políticos discutem orçamentos e obras, ele construía sua legado pessoa por pessoa, sorriso por sorriso.
E cá entre nós, quantos de nós seremos lembrados com tanto carinho? Ele provou que não precisamos de títulos grandiosos para fazer diferença — apenas de um coração disposto a servir.
O corpo foi enterrado no cemitério local, mas sua essência — essa permanece viva em cada pessoa que teve a sorte de cruzar seu caminho. E que sorte, hein?
