
Uma notícia que corta o coração de toda uma comunidade. Juiz de Fora acordou mais pobre hoje, sabiam? Maria Aparecida de Oliveira, ou simplesmente Dona Cida, como era carinhosamente conhecida por todos, partiu aos 73 anos. E que mulher, meu Deus!
Ela não era só mais uma. Era a força motriz por trás da ONG Mão Amiga, uma instituição que – não exagero nem um pouco – salvou vidas. Literalmente. Fundou o projeto há mais de vinte anos, lá em 2003, com uma coragem que poucos têm. Tinha um propósito claro como água: apoiar famílias em situação de vulnerabilidade. E apoiou, hein?
O que começou pequeno, provavelmente numa cozinha com poucos recursos, cresceu. Virou um porto seguro para quem mais precisava. Distribuição de cestas básicas, roupas, cobertores no inverno… coisas que pra muitos são detalhes, mas pra quem não tem, são tudo.
Um vazio que não se preenche
A família, claro, está arrasada. Quem não ficaria? Perder uma matriarca dessas é como perder a âncora de um navio. O corpo está sendo velado no Centro Municipal de Velórios, no Bairro Jardim de Alá, e o enterro deve acontecer no cemitério Municipal da cidade. Um momento de despedida pesado, difícil.
E a causa da morte? Um AVC. Aquela coisa silenciosa e traiçoeira que chega sem avisar e vira tudo de cabeça para baixo. Ela deixa filhos, netos, bisnetos e uma legião de pessoas que, direta ou indiretamente, foram tocadas pela sua generosidade sem medida.
Mais que uma instituição, uma família
Aqui é onde a coisa fica séria. A Mão Amiga não era uma ONG qualquer, dessas burocráticas e distantes. Era extensão da casa dela, um reflexo puro do seu carácter. Trabalhava com doações, com voluntários, com a boa vontade de quem acreditava na mesma causa.
E o trabalho continua, sabiam? A filha dela, Vanessa de Oliveira, já tá à frente dos projetos. Diz que vai honrar o legado da mãe – e é disso que Dona Cida precisava ouvir. Que a semente que ela plantou com tanto carinho não ia morrer junto com ela.
Juiz de Fora perdeu uma de suas grandes heroínas anônimas. Aquelas que não aparecem no jornal das oito, mas que fazem a roda da sociedade girar com mais gentileza e menos atrito. O luto é grande, mas a gratidão é imensurável.