Shinobi: Art of Vengeance — A Lenda Renasce com Fúria e Precisão nos Punhos
Shinobi: Art of Vengeance — O retorno lendário do ninja

Quem viveu os anos 90 lembra bem: ser ninja era sinônimo de morrer — muito — e tentar de novo. Pois é, meus amigos, parece que os tempos áureos voltaram com tudo. Shinobi: Art of Vengeance não é apenas um remake ou uma releitura nostálgica. É um soco no estômago. Daqueles que doem, mas a gente agradece depois.

Desenvolvido pela Empty Head Games — uma galera que claramente cresceu jogando fita em videocassete —, o título resgata a essência brutal da franquia clássica da SEGA. E olha, não vai ser todo mundo que vai aguentar o tranco.

Matar ou Morrer: Não Existe Meio Termo

A premissa é simples: você é Joe Musashi, o shinobi lendário, e seu dever é salvar o mundo (claro) de uma organização maligna que… bem, que quer dominar tudo. Original? Nem um pouco. Mas a graça não está na história — está na execução.

O combate é, sem dúvida, o grande astro aqui. Cada movimento exige timing preciso. Um erro mínimo e você volta lá para trás. Não há checkpoints generosos, não há ajuda dos cosmos. É você, sua katana e sua paciência sendo testada até o último nervo.

Os inimigos são variados e inteligentes. Eles se movem em grupo, atacam em sincronia e não dão trégua. Mas a sensação de superar uma horda deles, usando shurikens, magias e golpes corpo a corpo… ah, isso não tem preço.

Visual que Sangra Nostalgia — Mas com HD

Os gráficos são lindos, mas não “genéricos”. Eles mantêm a estética 16-bit, porém com camadas de detalhe que impressionam. Os cenários são densos, cheios de vida — e de armadilhas. Sangue jorra, poeira sobe, efeitos de luz queimam a retina. Tudo muito visceral, muito… real, dentro do possível.

E a trilha sonora? Arrepia. Mantém a eletrônica característica dos arcades, mas com arranjos modernos que elevam cada confronto a um clímax quase cinematográfico.

Não é para Qualquer Um — E Está Tudo Bem

Vamos combinar: Shinobi não vai agradar a todos. Quem está acostumado com jogos que seguraram a mão do jogador o tempo todo vai sofrer. Muito. Mas para quem curte desafio puro, que exige memorização, reflexos e uma pitada de masoquismo… é pura glória.

Não é um jogo injusto. Só é old-school no sentido mais honesto da palavra. Ele não pede desculpas por ser difícil — ele abraça isso.

No fim das contas, Shinobi: Art of Vengeance é mais do que um retorno. É uma declaração de amor a uma era em que vencer significava algo. E que bom que ele está de volta.