
Parece que as rodas do destino giraram de forma brilhante para Saiorse Ronan. A notícia que está agitando os fãs dos Beatles e do cinema: a atriz, aquela mesma que nos roubou a cena em 'Lady Bird' e 'Little Women', vai encarnar ninguém menos que Linda McCartney. Sim, você leu certo.
O projeto cinematográfico, que já nasce com cheiro de sucesso, tem direção assinada por um nome pesado: Sam Mendes. O mesmo cara que nos presenteou com 'Beleza Americana' e '1917'. E olha só que reviravolta interessante — Mendes inicialmente imaginou outra atriz no papel, mas quando Ronan apareceu no radar, foi como um acorde perfeito em uma música dos Beatles. Às vezes o casting certo aparece quando menos esperamos.
Mais Que Uma 'Esposa de Beatle': A Arte de Linda
Aqui está o que me fascina nessa história: Linda sempre foi reduzida à etiqueta de "esposa do Paul". Que injustiça! A mulher era uma fotógrafa de mão cheia, uma artista visual com olhar único, e uma defensora ferrenha dos animais muito antes disso ser moda. O filme promete, finalmente, dar a ela o protagonismo que merece.
Imagino as cenas: Londres nos anos 60, a efervescência cultural, e esse amor que floresceu no olho do furacão da beatlemania. Paul, no auge da fama, encontrando em Linda não uma groupie, mas uma parceira de verdade. E ela, com sua câmera sempre à mão, documentando tudo com uma intimidade que só quem estava dentro poderia capturar.
O Desafio de Ronan e a Magia de Mendes
Ronan terá que mergulhar fundo — sotaque americano, a postura despojada de Linda, aquela mistura de doçura e força que a caracterizava. E sabe o que é mais curioso? Ela já demonstrou essa versatilidade antes, mas encarnar uma figura tão icônica e tão amada — isso é outro nível de pressão.
Mendes, por sua vez, parece determinado a evitar os clichês das biografias musicais. O que ele fez com '1917' em termos de imersão, talvez faça aqui com emoção. A promessa é de um retrato íntimo, quase como espiar por uma fechadura os momentos mais doces — e os mais difíceis — da vida do casal.
O projeto chega como parte de uma leva de quatro filmes sobre os Beatles que Mendes planeja — ambição não falta ao homem. Mas este sobre Paul e Linda parece carregar um potencial emocional especial. Quem não quer acreditar no amor que resiste ao tempo, à fama, às tragédias?
E pensar que tudo começou em um clube modesto em Londres, em 1967. Paul conheceu Linda, o mundo continuou girando, mas a história da música popular ganharia um novo capítulo — mais humano, mais real. Agora é torcer para que Ronan e Mendes capturem essa magia particular. Algo me diz que vão.