Lula reage a 'O Agente Secreto': filme brasileiro como ato de resistência cultural
Lula reage a filme nacional: "Cinema como resistência"

Numa daquelas conversas que misturam política e pipoca — porque sim, até presidentes assistem filmes — Lula soltou o verbo sobre O Agente Secreto. E não foi um comentário qualquer. A fala dele escancarou o que muita gente pensa, mas poucos dizem: arte no Brasil virou trincheira.

Quando a tela vira manifesto

O longa, que já tinha virado assunto nas redes, ganhou peso extra com a opinião presidencial. "Isso aqui é mais que entretenimento", disparou Lula, entre um gole de café e outro. "É narrativa contra narrativa." E cá entre nós: ele tem um ponto. Num país onde streaming engole 70% do mercado, fazer cinema nacional virou quase ato heroico — tipo enfrentar dragão com estilete.

Detalhe curioso? A equipe do filme nem esperava por esse tsunami político. "Graçamos a cena achando que seria mais um trabalho", confessou o diretor ao VEJA, com aquele sorriso de quem acidentalmente pisou em vespeiro midiático.

Números que falam (e como!)

  • Produções nacionais representam apenas 15% das estreias em 2024
  • Orçamento médio caiu 40% desde 2019
  • Mas... público aumentou em salas independentes

Eis aí a cereja do bolo: enquanto Hollywood regurgita franquias cansadas, nosso cinema tá inventando a roda de novo — com orçamento de lanchonete e criatividade de gênio. "Falta verba, sobra coragem", resumiu uma das produtoras, enquanto ajustava o microfone com unhas pintadas das cores da bandeira.

Não é sobre glamour. É sobre resistência pura — aquela que transforma limão em caipirinha sem açúcar, mas com personalidade de sobra. Como bem lembrou Lula: "Quando a gente para de contar nossas histórias, vira figurante na própria terra". E dessa, nem os algoritmos escapam.