
O mundo do cinema brasileiro está de luto. Uma tragédia que chocou todo o país — a queda de um avião no coração do Pantanal — tirou a vida do talentoso cineasta João Lúcio de Azevedo. A notícia, que correu como um raio pelos círculos artísticos, deixou um vazio difícil de preencher.
Agora, chega a informação sobre as últimas homenagens. O corpo do artista, resgatado com tanto cuidado daquela região de difícil acesso, será velado em São Paulo. E não poderia ser em lugar mais significativo: a Cinemateca Brasileira. Sim, aquele templo do cinema nacional onde tantas histórias são preservadas — ironia ou destino, agora abrigará a despedida de quem dedicou a vida a contar histórias.
Um adeus no templo do cinema
A cerimônia está marcada para esta terça-feira, das 10h às 14h. O velório acontecerá justamente no auditório da Cinemateca, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista. Um local que conhecia bem o trabalho de João Lúcio — e que agora testemunhará a dor de familiares, amigos e admiradores.
O que dizer sobre esse momento? É como se a própria cultura brasileira estivesse de luto. O acidente, que aconteceu no último sábado, parecia uma daquelas histórias ruins de filme — mas era, infelizmente, a mais pura realidade.
Os detalhes que doem
O Cessna 210, aquela pequena aeronave que cruzava os céus do Mato Grosso do Sul, caiu próximo à cidade de Aquidauana. Além do cineasta, estava a bordo o piloto Fábio Goulart — que também não resistiu. Dois talentos, duas histórias interrompidas de forma tão abrupta.
A Polícia Civil já confirmou — através da delegada Tatiana Melo, que coordena as investigações — que os corpos foram resgatados no domingo. Agora, seguem para a capital paulista, onde João Lúcio construiu boa parte de sua trajetória.
E pensar que ele estava justamente filmando um documentário sobre o Pantanal quando a tragédia aconteceu. Há certas coincidências que custam a engolir, não é mesmo?
O legado que fica
João Lúcio não era qualquer um no meio cinematográfico. Com uma carreira que mesclava cinema, publicidade e séries para TV, ele deixou sua marca em produções que muitos de nós acompanhamos — mesmo sem saber que eram obra dele.
Sua empresa, a BossaNovaFilms, era referência no mercado. E agora? Bem, agora fica o vazio — e a lembrança de um profissional que amava o que fazia até o último instante.
O velório na Cinemateca parece um epílogo digno para essa história. Um lugar que preserva memórias do cinema abraçando a memória de quem fez cinema acontecer. Há certa poesia nisso — mesmo que seja uma poesia triste, daquelas que deixam um nó na garganta.
Enquanto isso, as investigações seguem tentando desvendar o que realmente aconteceu naquele céu sobre o Pantanal. Mas algumas respostas, sabemos bem, jamais virão.