
Quem diria que uma foto tirada há mais de trinta anos renderia tanto processo na justiça? Pois é, meu caro leitor, a história do bebê que nadava atrás de uma nota de dólar na piscina finalmente chegou ao seu capítulo final — e que capítulo!
Spencer Elden, hoje um homem de 32 anos, entrou com o processo em 2021 alegando que sua imagem foi explorada de forma "sexualizada" na icônica capa do álbum Nevermind do Nirvana. Sim, estamos falando daquele bebê pelinho que todo mundo conhece. O processo foi movido contra os membros remanescentes da banda, a gravadora e até contra a propriedade de Kurt Cobain.
Uma Vida Inteira Sob os Holofotes
Imagine só: crescer sabendo que sua imagem — e seu corpinho de quatro meses — está espalhado pelo mundo inteiro. Em lojas de discos, camisetas, pôsteres. Spencer sempre teve uma relação complicada com essa fama involuntária. Às vezes abraçava, outras vezes rejeitava. Uma montanha-russa emocional, pra dizer o mínimo.
O processo alegava que ele sofreu "danos permanentes" e "traumas" por ter sido exposto dessa forma sem consentimento — ou melhor, sem o consentimento dos seus pais, já que ele era apenas um bebê na época.
O Que Diz a Lei?
Aqui a coisa fica interessante. Os advogados da defesa sempre argumentaram que o caso não tinha pé nem cabeça. Primeiro, porque Spencer já havia se beneficiado da imagem ao longo dos anos — participou de recriações da foto, deu entrevistas, etc. Segundo, e mais importante: o processo foi movido depois do prazo legal. A lei americana dá um tempinho pra você acordar e processar, não é pra sempre não.
O juiz Fernando Olguin, que acompanhava o caso, já tinha dado uma bela de uma canelada no processo no ano passado. Mas Spencer não desistiu — tentou uma última cartada, que também não deu certo. Agora, acabou-se o prazo, acabou-se o processo.
E Agora, José?
Com o processo encerrado, Spencer vai ter que conviver com seu passado de outra forma. E o Nirvana? Bom, a banda continua vendendo milhões de cópias, a capa continua icônica, e a música… ah, a música permanece atemporal.
Fica a lição: às vezes a justiça simplesmente decide que chega. Que não dá pra ficar remoendo o passado eternamente. E que algumas batalhas, por mais justas que pareçam, simplesmente não valem a pena ser travadas até o fim.
E você, o que acha? Uma capa de disco pode realmente causar traumas três décadas depois? Ou será que algumas coisas a gente precisa simplesmente deixar ir?