
Eis que a justiça britânica deu seu veredito — e não foi favorável a Noel Clarke. O ator, conhecido por franquias como 'Kidulthood' e 'Doctor Who', acabou de perder uma batalha judicial crucial contra o jornal The Guardian.
O que começou como uma tentativa de limpar seu nome terminou em derrota. Clarke moveu o processo por difamação após a publicação de matérias que detalhavam nada menos que 20 acusações de má conduta sexual contra ele. Vinte! A coisa é séria.
O juiz Matthew Nicklin não deixou dúvidas: as alegações eram, em sua essência, substanciais. E mais — o jornalismo investigativo do Guardian? Totalmente de boa-fé. "Interesse público" foi a expressão que ecoou no tribunal.
O estrago já estava feito
Desde que as acusações surgiram, em 2021, a carreira de Clarke simplesmente desmoronou. Quem diria? O mesmo homem que recebeu um prêmio BAFTA especial em 2021 viu a estatueta ser revogada semanas depois. A ironia dói.
Seus projetos foram suspensos, contratos evaporaram e sua produtora, Unstoppable Film and Television, praticamente parou de funcionar. Um verdadeiro terremomo profissional — e pessoal.
O que dizem as acusações?
O leque de alegações é amplo (e perturbador). Assédio sexual, bullying, divulgação de imagens íntimas sem consentimento... A lista parece saída de um pesadelo corporativo. Várias mulheres — todas profissionais do meio — corajosamente compartilharam suas experiências.
Clarke, é claro, nega tudo. Mas a justiça, desta vez, não se convenceu. O juiz foi categórico: nenhuma das acusações parecia "inverossímil ou improvável". Palavras fortes.
O caso levanta questões incômodas sobre poder, fama e accountability na indústria do entretenimento. Quantos outros casos assim ainda estão por vir à tona?
Enquanto isso, Clarke enfrenta não apenas o revés judicial mas uma reputação em frangalhos. Reconstruir? Difícil. Quase impossível. O tribunal da opinião pública já julgou — e o veredito parece definitivo.