
Não é todo dia que um dos maiores astros de Hollywood resolve entrar na rinha política com a lábia afiada — e Chris Pratt, sabe Deus por que, decidiu que hoje era o dia. O cara que a gente conhece por dar vida ao Estrela-Lord nos cinemas, ou ao encorpado Mario no game, soltou o verbo com uma ferocidade que pegou todo mundo de surpresa.
O alvo? Nada mais, nada menos que Michael Caputo, aquele secretário de Comunicação do Departamento de Saúde que fez um estrago danado durante a gestão Trump. O sujeito, pra refrescar a memória, era abertamente anti-vacina e negacionista da ciência — num momento em que o mundo inteiro tava se segurando pra não pirar de vez.
E Pratt não mediu palavras. Numa daquelas entrevistas que a gente fica até sem ar, ele disparou: “É perigoso, é irresponsável e, francamente, é de uma arrogância sem tamanho alguém na posição dele soltar esse tipo de bobagem”. E olha, ele não tava exagerando. Caputo realmente usou o cargo pra espalhar desinformação, como se salvar vidas fosse uma opinião, e não uma obrigação moral.
Um debate que vai muito além de Hollywood
O que chama atenção aqui — e muito — é que Pratt não é exatamente um ativista de carreira. Ele é, antes de tudo, um artista que geralmente foge de polêmicas. Mas dessa vez, a coisa foi diferente. A ficha caiu, e ele percebeu que calar era compactuar.
“Quando pessoas com influência falam, elas carregam um peso enorme. E usar isso pra semear dúvida? Me desculpe, mas é covardia”, disparou o ator, com uma lucidez rara em tempos de polarização cega.
E não para por aí. Ele foi além e cutucou a ferida: lembrou que figuras como Caputo não só atrasaram a resposta americana à pandemia, como provavelmente custaram vidas. Isso é pesado. É daquelas frases que ecoam, que incomodam, que não dão pra disfarçar com um “ah, é só minha opinião”.
E o Trump com isso?
Bom, fica difícil falar de Caputo e não lembrar do chefe dele, né? Pratt, esperto, não nomeou Trump diretamente — mas deixou claro que a cultura do “achismo” sobrepujando a expertise médica veio de cima. Uma crítica indireta, porém potente o suficiente pra quem quiser entender.
E olha, isso num contexto em que a vacinação ainda é tratada como tema de briga ideológica, não de saúde pública. Pratt, ao que tudo indica, cançou. E resolveu colocar a boca no trombone — com estilo, com raciocínio, e com a consciência limpa de quem tá do lado certo da história.
Numa era em que celebridades muitas vezes emitem meias-opiniões pra não queimar o filme, ver uma tomada de posição clara e fundamentada como essa… uau. É revigorante. É necessário. E, convenhamos, um alívio.