
Que situação, hein? Imagine dedicar tempo, talento e energia criando algo único — e do nada descobrir que simplesmente apagaram sua obra. Foi exatamente isso que aconteceu com um mural artístico no Aquário Cultural, em Votorantim.
A prefeitura, sem dó nem piedade, mandou remover a pintura. E o pior: o artista responsável pela obra ficou sabendo só depois do fato consumado. Não recebeu nenhum aviso, nenhum e-mail, nenhum telefonema. Nada.
"Lamentável" — assim o criador define a atitude
O artista, cujo trabalho foi simplesmente varrido da parede, não esconde a decepção. "É lamentável", dispara ele, com aquela mistura de frustração e incredulidade que só quem já teve seu trabalho desrespeitado consegue entender.
O mural fazia parte do Aquário Cultural, um espaço que, pelo menos na teoria, deveria valorizar expressões artísticas. Mas parece que alguém esqueceu de avisar a prefeitura sobre essa parte.
Transparência zero
O que mais choca nessa história toda — além da óbvia falta de consideração — é a completa ausência de diálogo. Governo municipal age, arte some, artista se pergunta o que fez de errado. E a população fica sem a obra que embelezava o espaço público.
É daquelas situações que fazem você coçar a cabeça e pensar: mas será que é tão difícil assim conversar? Mandar uma mensagem? Explicar os motivos?
Votorantim perdeu mais que tinta na parede. Perdeu um pedaço de sua identidade cultural. E o pior: criou um precedente perigoso para outros artistas que queiram contribuir com a cidade.
Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: quantas outras obras podem desaparecer assim, sem explicação, sem cerimônia, sem o mínimo de respeito por quem as criou?