
Quem passa pelo centro de Campina Grande nos últimos meses tem percebido algo diferente no ar. E não é só o clima característico da cidade - é uma energia cultural pulsante que parece ter encontrado seu epicentro no tradicionalíssimo Teatro e Cinema das Belas Artes.
O lugar, que já foi praticamente um segredo bem guardado dos amantes das artes, hoje vive dias de glória. E olha que estamos falando de um espaço que já viu de tudo um pouco desde sua inauguração, mas que agora parece ter encontrado sua vocação definitiva.
Uma Programação que Não Para
A diversidade é o grande trunfo. Enquanto o cinema exibe desde blockbusters até produções independentes que dificilmente chegariam a outras salas da cidade, o teatro recebe espetáculos que vão do clássico ao experimental. É tanta coisa rolando ao mesmo tempo que até os frequentadores mais assíduos confessam ter dificuldade para acompanhar.
"É impressionante como esse lugar se transformou", comenta Maria Silva, professora aposentada que frequenta o local há décadas. "Antes a gente vinha de vez em quando, hoje tem semana que venho três vezes - e sempre tem algo novo para ver."
Parceria que Deu Certo
O segredo do sucesso? A gestão compartilhada entre o Sesi e a Prefeitura parece ter sido a combinação perfeita. De um lado, a expertise em programação cultural de qualidade; do outro, a manutenção e cuidado com o patrimônio histórico. Juntos, criaram essa mistura explosiva - no bom sentido, é claro.
E os números não mentem: só nos últimos meses, o complexo recebeu mais de 15 mil pessoas. Em uma época onde muitos reclamam que "ninguém mais vai ao teatro", esses dados são mais que significativos - são uma declaração de amor da população campinense à cultura local.
Para Todos os Gostos e Bolsos
Outro ponto que merece destaque é a acessibilidade. Com preços populares - e até sessões gratuitas em determinados dias da semana - o Belas Artes conseguiu algo raro: atrair um público que vai desde estudantes até aposentados, criando uma mistura geracional que enriquece ainda mais a experiência.
"Aqui já vi desde criança de cinco anos até senhoras de oitenta na mesma sessão", conta um dos funcionários, que prefere não se identificar. "E o mais bonito é ver como todos saem satisfeitos, cada um com sua própria interpretação do que viram."
Para quem ainda não conhece, fica o convite: dê uma chance ao Belas Artes. Quem sabe você não descobre seu novo programa favorito na cidade? A programação está sempre atualizada e, melhor ainda, surpreendendo até os mais exigentes.