Um impasse de quase R$ 900 mil entre a CasaCor e a Prefeitura de São Paulo pode ter um desfecho que beneficiará toda a população. Em vez de pagar em dinheiro, a renomada mostra de arquitetura e paisagismo propôs converter o valor da multa em um estudo técnico completo para revitalizar o Parque da Água Branca.
Do conflito à solução criativa
A multa de R$ 899.876,94 foi aplicada pela Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente durante a edição de 2023 da CasaCor. O valor corresponde a supostos danos causados às árvores do parque durante o evento.
Em vez de recorrer judicialmente ou simplesmente pagar a penalidade, a CasaCor apresentou uma contraproposta inovadora: desenvolver um projeto paisagístico completo que mapearia toda a vegetação do parque, incluindo espécies, condições fitossanitárias e diretrizes para manejo e conservação.
O que o estudo traria de benefício
- Inventário completo de todas as espécies vegetais do parque
- Diagnóstico detalhado das condições de cada árvore
- Plano de manejo e conservação da vegetação
- Diretrizes para manutenção e preservação do espaço
- Documentação técnica que servirá como referência para futuras intervenções
Um parque com história
O Parque da Água Branca, localizado na zona oeste de São Paulo, é um dos espaços verdes mais tradicionais e queridos da capital. Inaugurado em 1929, o local abriga mais de 300 espécies de árvores e é tombado como patrimônio histórico.
"Esta proposta representa uma oportunidade única de transformar uma situação adversa em um legado positivo para a cidade", avalia um especialista em urbanismo consultado sobre o caso.
Próximos passos
A proposta agora está sob análise da Procuradoria Geral do Município, que deverá se manifestar sobre a legalidade do acordo. Se aprovada, a troca poderá servir como modelo para outras situações similares, onde multas ambientais são convertidas em benefícios concretos para a população.
Enquanto isso, os paulistanos aguardam ansiosos por uma solução que preserve e melhore um de seus espaços de lazer mais preciosos.