
Era uma manhã qualquer no Jardim Armênia, em Mogi das Cruzes, quando moradores se depararam com uma cena que cortou o coração: um pequeno ouriço-cacheiro, tão novinho que mal sabia se defender, estava caído e tremendo incontrolavelmente. O bichinho, claramente em sofrimento, apresentava todos os sinais de hipotermia avançada.
Imediatamente, acionaram o GAMA (Grupo de Assistência à Mata Atlântica), que não perdeu um segundo sequer. Chegando ao local, a equipe especializada constatou a gravidade da situação. O ourinho estava com a temperatura corporal perigosamente baixa — uma condição potencialmente fatal para um animal tão pequeno e vulnerável.
O que fazer diante de um resgate tão delicado? A técnica aplicada foi crucial: aquecimento gradual. Eles envolveram o filhote em panos aquecidos, evitando um choque térmico, e o transportaram com extremo cuidado para receber os cuidados intensivos necessários. Cada minuto contava.
Um alerta importante para a população
Esse caso serve como um lembrete poderoso. Com a chegada do inverno e as temperaturas caindo drasticamente durante a noite, os animais silvestres, especialmente os mais jovens e os que vivem em áreas urbanizadas, tornam-se extremamente vulneráveis.
Se você encontrar um animal silvestre em apuros, a regra de ouro é simples: não tente manipulá-lo sozinho. O stress pode piorar ainda mais seu estado. O procedimento correto é isolar o local para evitar que ele fuja para um lugar mais perigoso e, imediatamente, entrar em contato com os órgãos competentes, como o GAMA ou a Polícia Ambiental.
Graças à ação rápida dos moradores e à pronta resposta da equipe de resgate, o pequeno ouriço recebeu uma segunda chance. Ele agora se recupera sob observação constante, e a expectativa é que, em breve, possa ser reintegrado ao seu habitat natural — onde sempre deveria estar.