
Parece que o crime ambiental não tira férias no Amazonas. Uma operação de fiscalização que durou quatro dias inteiros — de 4 a 7 de outubro — acabou revelando uma rede de tráfico de animais que teimava em operar às escondidas. E olha só o que encontraram: mais de cem quelônios, aqueles bichinhos de casco que todo mundo conhece como tartarugas, tracajás e iaçás.
A coisa foi séria. Os fiscais do Ibama, em parceria com a Polícia Militar do Amazonas, literalmente botaram a mão na massa — ou melhor, nos animais — durante a "Operação Quelônio". Não foi pouca coisa não: 107 bichos apreendidos, sendo 86 tracajás, 17 iaçás e 4 tartarugas-da-amazônia. Uma verdadeira coleção ilegal!
Como funcionava o esquema
O modus operandi era bem organizado, infelizmente. Os animais eram capturados na natureza — isso quando não eram mantidos em cativeiro mesmo — e depois comercializados sem a menor cerimônia. Imagina só: bichos que deveriam estar nadando livremente nos rios da região sendo tratados como mercadoria.
E tem mais. Os fiscais aplicaram R$ 57 mil em multas durante a operação. Uma grana considerável que, convenhamos, poderia ter sido investida em coisas bem mais legais do que pagar por crime ambiental.
O que acontece com os animais agora?
Boa pergunta! Os bichos resgatados foram levados para o Centro de Reabilitação de Quelônios Aquáticos do Ibama. Lá, vão passar por uma espécie de "check-up" completo — avaliação de saúde, recuperação, tudo que precisam para voltar ao seu habitat natural.
E sim, a ideia é soltá-los de volta à natureza assim que estiverem prontos. Porque, convenhamos, lugar de animal silvestre é na floresta, não na panela de ninguém.
Essa operação mostra uma realidade dura: o comércio ilegal de animais silvestres continua firme e forte na região. Mas também demonstra que tem gente trabalhando para mudar isso. A cada apreensão, uma esperança renovada de que talvez — só talvez — a gente consiga preservar nossa fauna.
Resta torcer para que operações como essa continuem acontecendo. Porque, no fim das contas, quem perde com o tráfico de animais somos todos nós — e principalmente esses bichinhos indefesos que não podem falar por si mesmos.