
Uma jaguatirica resgatada durante as queimadas que assolaram Mato Grosso em 2025 não conseguiu se readaptar à vida selvagem após meses de tentativas de reabilitação. O felino, que foi encontrado ferido e desorientado, passou por um longo processo de cuidados veterinários, mas apresentou dificuldades em caçar e se proteger sozinho.
"Infelizmente, alguns animais sofrem sequelas permanentes após traumas como incêndios florestais", explicou a bióloga responsável pelo caso. "A jaguatirica demonstrou dependência de humanos para sobreviver, o que tornaria sua reintrodução na natureza um risco."
Novo lar em São Paulo
Diante da impossibilidade de soltura, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) autorizou a transferência do animal para o Zoológico de São Paulo, onde ele passará a viver em um recinto especialmente adaptado para felinos silvestres.
"O espaço foi preparado para simular seu habitat natural, com vegetação e estruturas para escalar", detalhou o diretor do zoológico. "Aqui, ela receberá cuidados contínuos e poderá servir como embaixadora de sua espécie, ajudando na educação ambiental."
Impacto das queimadas na fauna
Especialistas alertam que os incêndios florestais têm causado danos irreparáveis à biodiversidade brasileira:
- Milhares de animais morrem diretamente nas chamas
- Muitos sobreviventes ficam com sequelas permanentes
- Espécies ameaçadas perdem habitat e fontes de alimento
- O equilíbrio ecológico é comprometido
Este caso da jaguatirica ilustra os desafios de conservação enfrentados pelos profissionais que trabalham com fauna silvestre no Brasil.