A quietude da noite em Timóteo foi brutalmente interrompida por chamas que se alastravam com uma fúria assustadora. Um incêndio de proporções consideráveis — desses que deixam marcas profundas na memória de quem testemunha — consumiu vegetação e atingiu em cheio a infraestrutura elétrica da região.
E o resultado? Uma cena de partir o coração. Vários cavalos, animais majestosos que até então pastavam tranquilamente, encontraram um fim trágico por eletrocução. A energia que deveria trazer vida se transformou em instrumento de morte.
O que realmente aconteceu naquela noite fatídica
Segundo as informações que consegui apurar, o fogo começou de forma súbita — como costuma acontecer nesses casos — e rapidamente ganhou força, alimentado pela vegetação seca tão característica deste período do ano. As chamas, impiedosas, alcançaram os cabos de energia da Cemig, danificando seriamente a rede elétrica.
E aqui vem a parte mais cruel dessa história: os cavalos, em seu habitat natural, não tinham como prever o perigo que se aproximava. Quando a energia voltou após uma interrupção — algo comum nos protocolos de segurança —, os pobres animais estavam em contato com cercas energizadas. O choque foi inevitável e fatal.
Uma resposta rápida, mas tardia
O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente, diga-se de passagem. Chegaram ao local por volta das 23h30 de quarta-feira, segundo me contaram fontes próximas ao ocorrido. Mas, infelizmente, quando encontraram os animais, já era tarde demais. A vida deles havia se esvaído em instantes.
Imagino a cena que se apresentou aos bombeiros: animais outrora cheios de vigor, agora inertes no campo. É de cortar o coração, não é?
E agora, o que diz a Cemig?
A empresa, como era de se esperar, emitiu um comunicado padrão — daqueles cheios de "lamentamos profundamente" e "estamos apurando os fatos". Mas, entre nós, será que protocolos de segurança mais rígidos não poderiam ter evitado essa tragédia?
Eles afirmam que as equipes técnicas trabalharam durante a madrugada inteira para normalizar o fornecimento. O serviço foi concluído apenas às 6h da manhã de quinta-feira. Uma noite longa e difícil para todos os envolvidos.
O que me deixa pensando: quantas outras situações como essa acontecem sem que a gente fique sabendo? Quantos animais silvestres e domésticos perdem a vida em acidentes que poderiam ser evitados?
Enquanto isso, em Timóteo, a comunidade rural se pergunta quando — e se — medidas preventivas mais eficazes serão implementadas. Porque uma coisa é certa: a dor da perda desses animais ficará marcada na memória de todos que presenciaram essa triste história.
