
Imagine pagar o equivalente a um carro popular por um único pé de girassol. Parece loucura? Pois é exatamente isso que está acontecendo com uma variedade tão rara quanto deslumbrante: o girassol vermelho. Essa beleza exótica — que mais parece saída de um conto de fadas — está fazendo colecionadores e apaixonados por botânica abrirem mão de pequenas fortunas.
Enquanto o girassol comum você encontra por meros R$ 5 em qualquer floricultura, sua versão rubra pode chegar a assustadores R$ 500 — e olhe lá! "É como comparar um fusca com uma Ferrari", brinca o produtor Carlos Mendonça, um dos poucos que cultiva a espécie no interior de São Paulo.
Por que tão caro?
Aqui vai o pulo do gato: essa variedade não existe na natureza. Foi desenvolvida em laboratórios japoneses através de cruzamentos genéticos tão complexos que até hoje poucos dominam a técnica. "Cada semente é uma loteria — só 30% vingam", explica a bióloga Fernanda Castro, que estuda hibridização floral há 15 anos.
- Exige condições específicas de solo (pH entre 6.2 e 6.8)
- Precisa de exatas 8 horas de sol direto
- Sensível a qualquer variação térmica
Ou seja: não é para amadores. Quem compra geralmente são paisagistas de alto padrão ou colecionadores obcecados — o tipo de gente que tem estufa com controle climático no quintal.
A febre dos instagrams dourados (ou melhor, vermelhos)
Nas redes sociais, a planta virou sensação. Influenciadores estão pagando até R$ 1.000 para alugar um vaso por uma única tarde de fotos. "Minha publicação com o girassol vermelho teve 3x mais engajamento que as férias em Paris", confessa a digital creator Mariana Lopes, entre risos.
E não pense que é moda passageira. Segundo o mercado, a procura só aumenta — principalmente entre noivos que querem buquês diferenciados. "Já fizemos casamento onde o centro de mesa era um único girassol vermelho em vitrine de cristal", conta a florista Patrícia Nunes. Preço do mimo? R$ 3.800. Sim, você leu certo.
Quer um conselho? Se encontrar um desses por aí, aproveite para admirar. Pode ser a única vez na vida — a menos que seu nome esteja no topo da lista da Forbes, é claro.