
Quem disse que ciência não pode ser espetáculo? O prêmio internacional de fotografia científica deste ano acabou de revelar seus vencedores — e as imagens são de tirar o fôlego. De um besouro que muda de cor como um camaleão high-tech a insetos recém-nascidos parecendo esculturas de vidro, cada clique é uma aula de biologia disfarçada de arte.
O Oscar da ciência em pixels
O grande vencedor foi um clique que parece saído de um documentário da BBC: dois antílopes africanos travando um duelo épico, chifres entrelaçados contra o pôr do sol. A foto, tirada por um pesquisador queniano, demorou três expedições para ser capturada — e mostra como o comportamento animal pode ser tão dramático quanto uma telenovela.
Mas foi a categoria "Microscópio" que roubou a cena. Uma imagem de insetos recém-nascidos, com corpos quase translúcidos e pernas finas como fios de cabelo, ganhou o prêmio especial do júri. "Parecem alienígenas, mas estão bem aqui no nosso quintal", comentou um dos jurados, ainda impressionado.
O camaleão dos besouros
O verdadeiro showman, porém, foi um besouro da espécie Charidotella egregia. Capturado em plena metamorfose cromática — mudando do dourado para vermelho-sangue em questão de segundos —, o inseto virou a sensação da premiação. "É como se ele usasse um casaco inteligente", brincou a fotógrafa brasileira responsável pelo clique, que passou 72 horas filmando o fenômeno.
Entre os outros destaques:
- Uma aranha-jumping "posando" como modelo profissional
- Fungos bioluminescentes que parecem mini-lâmpadas de LED
- O momento exato em que uma flor desabrocha em câmera lenta
Pra quem acha que cientistas só ficam trancados em laboratórios, as fotos provam o contrário: são caçadores de belezas escondidas, com paciência de monge e olho de artista. E o melhor? Todas as imagens estarão disponíveis num museu virtual — porque ciência, quando é bonita assim, merece plateia.