Cão ataca criança em São José do Rio Preto: saiba como evitar acidentes com animais
Cão ataca criança em Rio Preto: saiba como prevenir

Foi um susto e tanto na tarde desta quinta-feira (15) em São José do Rio Preto. Um cachorro — daqueles que a gente nem imagina capaz de fazer mal a uma mosca — partiu pra cima de uma menina de apenas 8 anos. O caso aconteceu no Jardim Redentor, e olha só que ironia: o bicho era justamente o pet da família.

A pequena brincava no quintal quando, do nada, o animal avançou. Segundo testemunhas, foi rápido como um raio. "Ele sempre foi tranquilo, nunca tinha dado nem um rosnado", contou a vizinha Dona Marta, ainda abalada. A criança foi levada às pressas para o Hospital de Base com ferimentos no braço e na perna — nada grave, graças a Deus, mas suficiente pra deixar todo mundo em alerta.

O que dizem os especialistas?

Conversamos com o veterinário Dr. Carlos Eduardo, que tem 15 anos de experiência em comportamento animal. Ele foi direto ao ponto: "Nenhum cão é 100% previsível, mesmo os mais dóceis. Stress, dor ou até um susto podem desencadear reações inesperadas".

Eis algumas dicas que podem salvar vidas:

  • Nunca deixe crianças pequenas sozinhas com pets — por mais confiança que você tenha
  • Observe sinais de desconforto no animal: orelhas para trás, rabo entre as pernas, rosnados sutis
  • Ensine os pequenos a não invadir o espaço do animal, especialmente durante refeições ou sono

Ah, e tem mais: "Castração e socialização adequada reduzem em 60% os riscos", completa o especialista. Vale o investimento, não acha?

E agora, José?

A família — que preferiu não se identificar — está entre a cruz e a espada. Por um lado, o apego de anos ao animal; por outro, o susto e a preocupação com a segurança. "A gente criou ele desde filhote, é como um filho... mas depois disso, fica difícil confiar", desabafou o pai da criança.

Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Saúde reforça: casos assim devem ser imediatamente comunicados ao Centro de Controle de Zoonoses. "Avaliamos o histórico do animal e orientamos as famílias", explica a diretora Ana Lúcia. Em situações extremas, pode até haver indicação de eutanásia — mas calma, não é o que parece estar em discussão nesse caso.

Moral da história? Cães são seres maravilhosos, mas imprevisíveis como qualquer ser vivo. Amor sim, negligência não. Fica o alerta pra quem acha que "meu cão nunca faria isso". Porque, como vimos hoje, às vezes faz.