Não é impressão sua. Os brasilienses estão mesmo notando algo diferente no ar — e não é só o calor abão de 35°C que te faz derreter na calçada. Os zumbidos aumentaram, e muito. De repente, enxames de abelhas estão aparecendo com uma frequência que dá medo, transformando parques, árvores urbanas e até aquela fresta no prédio em mini-colmeias improvisadas.
E a ciência por trás disso? Bem, é assustadoramente simples. As abelhas, essas operárias incansáveis da natureza, são extremamente sensíveis às mudanças de temperatura. Quando o termômetro dispara, a colmeia inteira entra em modo de sobrevivência. A rainha bota mais ovos, a produção de mel acelera e, claro, a população explode — literalmente. Não há espaço para todo mundo, então parte do enxame precisa sair à procura de um novo lar.
Um Problema que Pica (e Como Evitá-lo)
O Corpo de Bombeiros já sentiu na pele — e nas picadas — o resultado disso. Os chamados para resgates e remoções de enxames dispararam. Só na última semana, foram dezenas de ocorrências. A questão é que, ao contrário do que muitos pensam, nem toda abelha é agressiva. A maioria só quer trabalhar em paz. O perigo mora no susto, no movimento brusco, na tentativa errada de espantá-las.
O major dos Bombeiros, um sujeito que já viu de tudo, foi direto ao ponto: "O cidadão olha e já quer jogar água, veneno, pedra. Aí é que o problema começa de verdade". A recomendação oficial é clara: não se aproxime. Não tente ser o herói. Mantenha distância e acione imediatamente os profissionais pelo número 193.
E Se Elas Resolverem Visitar Sua Casa?
- NÃO entre em pânico. Movimentos lentos e calmos são a chave. Abelhas percebem a energia do ambiente.
- NÃO tente remover ou espantar o enxame sozinho. Isso é trabalho para quem tem equipamento e treinamento.
- Mantenha crianças e animais longe da área até a chegada dos bombeiros.
- Feche portas e janelas próximas ao local para evitar que entrem em ambientes fechados.
Parece exagero? Depende do seu ponto de vista. Para um alérgico, uma picada pode ser uma emergência médica gravíssima. Melhor prevenir do que remediar, sempre.
E tem um lado bom nessa história toda, sabia? Essa explosão populacional é, na verdade, um sinal de que as abelhas estão saudáveis e ativas. Num mundo onde esses polinizadores cruciais estão ameaçados, ver tantas delas por aí — desde que a uma distância segura — é, de certa forma, um alívio. Elas são absolutamente vitais para a nossa comida, para as nossas plantações, para o equilíbrio do ecossistema.
O verão está aí, e pelo visto veio para ficar — e com ele, nossas amigas listradas. Fique esperto, respeite o espaço delas e, se precisar, grite por ajuda. A natureza segue seu curso, e nosso papel é aprender a conviver com ela.
