Não é todo dia que a rotina de Itapetininga é interrompida por um morador tão incomum. Desde a última segunda-feira (18), uma capivara claramente machucada tornou-se o centro de uma verdadeira caçada – não para prejudicá-la, mas para salvá-la. A cena é quase surreal: um animal silvestre, símbolo da nossa fauna, tentando navegar o concreto e o asfalto, visivelmente debilitado.
O caso, diga-se de passagem, é sério. A Polícia Militar Ambiental foi acionada e está literalmente de pé sobre o assunto. Eles percorrem a região do Jardim Planalto, um bairro que de repente se viu no meio de um drama da natureza. A capivara foi avistada pela primeira vez próxima a um córrego, mancando e com um ferimento aparente na pata. Ninguém sabe ao certo como ela se machucou – atropelamento? Confronto com outro animal? O mistério paira no ar.
E aí é que a coisa fica complexa. Capturar um animal selvagem, assustado e dolorido, não é como pegar um gato fugitivo. Exige técnica, paciência e uma baita dose de cuidado para não estressar ainda mais o bicho. Os policiais ambientais tentaram uma abordagem, mas a capivara, ágil mesmo ferida, desapareceu na vegetação mais densa às margens do curso d'água. Um jogo de gato e rato, só que com o bem-estar de uma vida em jogo.
Uma Corrida Contra o Relógio
O maior temor dos especialistas é que o ferimento se agrave. Uma infecção num animal nessas condições pode ser uma sentença de morte. Por isso, a operação continua em ritmo acelerado. E não é só a polícia; a população também entrou no modo vigilante. Vizinhos têm reportado possíveis avistamentos, transformando a busca numa verdadeira ação comunitária.
É um daqueles momentos que fazem você pensar, sabe? A cidade grande avançando, mas a teimosa vida selvagem insistindo em seu espaço. Itapetininga, no fundo, ainda é parte desse ecossistema maior. E essa capivara se tornou, sem querer, um símbolo dessa frágil fronteira.
O que fazer se você a vir? Eis a questão que todo mundo se faz. A recomendação das autoridades é cristalina: não tente ser o herói. Não se aproxime, muito menos tente capturá-la sozinho. O stress pode piorar tudo. O protocolo é um só: ligue imediatamente para a Polícia Ambiental no 190 ou no (15) 3271-9840. Eles têm o treinamento e os equipamentos adequados para fazer o resgate da forma mais segura – para todos, inclusive para o animal.
Enquanto isso, as buscas seguem. Cada hora conta. A esperança é que, em breve, essa capivara receba o atendimento veterinário que urgentemente precisa e possa, quem sabe, ser reintegrada ao seu habitat. Fica torcendo, Itapetininga.
