Arara-canindé passa por cirurgia de emergência após ser resgatada com asa ferida na BR-153 — veja detalhes
Arara-canindé tem asa amputada após resgate na BR-153

Era um dia como qualquer outro na movimentada BR-153, no Tocantins, até que um motorista atento avistou algo incomum à beira da pista. Uma arara-canindé — aquelas aves magníficas de penas azuis e amarelas que parecem pintadas à mão — estava ali, debilitada, com a asa direita seriamente machucada. "Parecia que ela tinha enfrentado uma batalha perdida", contou o socorrista que a recolheu.

O que se seguiu foi uma corrida contra o tempo. Levada às pressas para um centro veterinário especializado, a ave passou por exames que revelaram: a asa estava tão danificada que a única saída era a amputação. Uma decisão difícil, mas necessária — afinal, entre a vida e o voo, a escolha é óbvia, não é mesmo?

Operação delicada

A cirurgia, que durou quase três horas, foi um verdadeiro teste de habilidade para a equipe médica. "Trabalhar com aves grandes exige técnica apurada", explicou a veterinária responsável, enquanto ajustava os pontos finais. "Cada veia, cada músculo conta."

Pós-operatório? Nada fácil. A arara-canindé — que ganhou o apelido carinhoso de "Blue" da equipe — precisou de:

  • Analgésicos potentes
  • Terapia com antibióticos
  • Uma dieta reforçada (sim, essas aves adoram um bom pedaço de fruta!)

E agora? Blue está se recuperando bem, obrigado por perguntar. Ainda meio grogue dos remédios, mas já bicando os tratadores quando acham que podem enganá-la com comida de menos. "Ela tem personalidade forte", ri um dos cuidadores, mostrando uma mão cheia de arranhões.

E a vida sem voar?

Aqui vem a parte triste: Blue nunca mais vai rasgar os céus como antes. Mas calma, não é o fim do mundo! Centros de reabilitação têm espaços amplos onde aves como ela podem viver com dignidade — escalando, pulando, fazendo a farra com outras araras. "Elas se adaptam melhor do que a gente imagina", garante a bióloga do local.

Ah, e sobre o que causou o ferimento? Boa pergunta. As hipóteses variam desde colisão com veículos até ataque de predadores. No meio daquela estrada movimentada, qualquer coisa pode acontecer. Uma lição dura sobre como nossas estradas cortam o habitat desses seres alados.

Enquanto isso, Blue segue sob observação. Quem sabe, no futuro, ela não vira "embaixadora" da causa animal, ajudando a educar crianças sobre a importância de preservar nossa fauna? Afinal, como diz o ditado: depois da tempestade, sempre vem... bem, pelo menos um belo pôr do sol para quem sabe apreciar.