
Parece coisa de filme, mas aconteceu de verdade. Na última quinta-feira, uma cena inusitada — e um tanto triste — movimentou a Rodovia Raposo Tavares, bem no km 577, pertinho de Presidente Prudente. Uma anta, dessas enormes e tranquilas, foi atingida por um veículo. E olha só a ironia do destino: o carro era justamente da Secretaria Municipal de Saúde.
Imagina a cena. O bicho, que devia estar só atravessando a pista sem fazer mal a ninguém, levou um baita susto. O impacto foi considerável. Mas, contra todas as expectativas, o animal sobreviveu. E aí começou a corrente do bem.
O Socorro Imediato
O pessoal da Saúde, que estava no veículo, não pensou duas vezes. Acionaram a Polícia Militar Ambiental na hora. Os policiais chegaram rápido e, vendo que a anta estava machucada mas consciente, tomaram uma decisão crucial: chamar reforços especializados.
Foi quando entrou em cena a equipe do CRAS-PP, o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de Presidente Prudente. Esses sim entendem do assunto. Chegaram com todo o cuidado do mundo, avaliaram a situação — fratura exposta na pata dianteira direita, o pobre coitado — e providenciaram o transporte seguro para o centro de tratamento.
E Agora, José?
No CRAS, a anta passou por uma bateria de exames. Os veterinários constataram que, apesar do susto e da fratura, o animal está estável. O prognóstico? Dos mais animadores! A expectativa é que, depois de um período de recuperação — que vai desde os cuidados com a pata quebrada até a observação do estado geral —, ela possa voltar para casa. Ou melhor, para a natureza.
É, meu amigo. O plano é soltá-la em uma área de vegetação nativa, longe do barulho e do perigo das rodovias. Um final feliz para uma história que poderia ter terminado muito mal.
Esse caso serve como um alerta, né? A Raposo Tavares, como tantas outras estradas pelo Brasil afora, corta áreas onde a fauna tenta sobreviver. E esses encontros, muitas vezes fatais, são mais comuns do que a gente imagina. Fica o lembrete: redobrar a atenção ao volante, especialmente em trechos com placas de alerta sobre animais silvestres. Pode fazer toda a diferença.