Tiroteio na Tijuca: Três pessoas atingidas por balas em mais um episódio de violência na Zona Norte do Rio
Tiroteio na Tijuca: 3 baleados em confronto

A tarde deste sábado, que prometia ser tranquila na movimentada Tijuca, se transformou em um pesadelo para moradores e comerciantes. Por volta das 16h30, o barulho seco de disparos ecoou pelas ruas do tradicional bairro da Zona Norte carioca, fazendo com que quem estava na rua corresse desesperado em busca de abrigo.

Parecia cena de filme - daqueles pesados, realistas. De repente, o burburinho característico da região deu lugar ao silêncio tenso interrompido apenas pelo estampido dos tiros. Uma troca de fogos entre supostos criminosos colocou em risco a vida de pessoas que simplesmente passavam pelo local.

As vítimas do horror

Três pessoas foram atingidas durante o confronto. Segundo informações que consegui apurar, duas mulheres e um homem - todos adultos, felizmente em estado estável, se é que se pode usar a palavra "felizmente" em uma situação dessas.

Os ferimentos, de acordo com testemunhas que preferiram não se identificar (quem se identificaria?), não seriam graves. Mas convenhamos: não existe "ferimento leve" quando se trata de levar um tiro. O trauma psicológico, esse sim, fica marcado para sempre.

O socorro que demora a chegar

O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente, mas enfrentou aquela dificuldade que já virou rotina no Rio: como agir quando os tiros ainda ecoam? Os socorristas precisaram esperar uma trégua - se é que se pode chamar assim - para conseguir chegar até as vítimas.

As três pessoas baleadas foram levadas para o Hospital Municipal Salgado Filho. Por sorte - e digo sorte com certa amargura - seus estados de saúde eram considerados estáveis. Mas que tipo de estabilidade é essa, quando se vive em uma cidade onde a violência dita as regras?

O que dizem as autoridades

A Polícia Militar, sempre presente nessas horas, informou que as ocorrências foram registradas no 12º BPM (Botafogo). A sensação que fica, no entanto, é de que estamos todos enxugando gelo. Enquanto isso, a população da Tijuca, um dos bairros mais tradicionais do Rio, vive mais um dia marcado pelo medo.

O pior de tudo? Muitos já nem se surpreendem mais. Acostumaram-se com a violência como se ela fosse parte da paisagem urbana, como os postes ou os semáforos. E isso, meus amigos, é talvez a maior tragédia de todas.