
O que deveria ser uma noite comum no bairro Feu Rosa, na Serra, se transformou num pesadelo. E olha que a gente já até se acostumou com notícia ruim, mas essa aqui doeu de verdade. Dois caras numa moto — aquela dupla sinistra que virou símbolo do crime — simplesmente chegaram atirando. À queima-roupa. Como se vida humana fosse nada.
As câmeras de segurança, essas testemunhas silenciosas que estão por toda parte, registraram cada segundo desse horror. Dá pra ver claramente: são aproximadamente 19h45 de sexta-feira quando a moto aparece na Rua São Pedro. Nem diminui a velocidade. Os ocupantes — dois homens — já chegam com as armas em punho. E começam a disparar.
As vítimas: uma mãe e seus dois filhos
A família, que estava na rua, não teve chance. A mãe, de 38 anos, levou um tiro na perna. O filho dela, um adolescente de apenas 16, foi atingido no braço. E a filha, uma menina de 12 anos — sim, você leu direito, doze anos — levou um tiro nas costas. Três vidas marcadas pela violência mais covarde que existe.
O que me deixa mais revoltado é pensar: o que passa na cabeça de alguém que atira contra uma criança de 12 anos? Que ódio é esse que não poupa nem uma menina?
O socorro e a situação das vítimas
O resgate chegou rápido, graças a Deus. Segundo o Corpo de Bombeiros, as três vítimas foram levadas pra UPA de Laranjeiras primeiro, mas o estado delas exigia mais. A menina de 12 anos, em particular, precisou de cirurgia de urgência. A bala atingiu as costas dela — uma região delicada, todo mundo sabe.
A mãe e o filho também passaram por procedimentos cirúrgicos. A perna da mulher e o braço do adolescente foram atingidos, mas os médicos disseram que o prognóstico é bom. Se "bom" pode ser usado numa situação dessas.
A investigação: polícia corre atrás de pistas
p>A Polícia Civil já está com o caso nas mãos. O delegado plantonista registrou o ocorrido como tentativa de homicídio — e olha, pela forma como atiraram, era pra matar mesmo. As câmeras da região estão sendo vistoriadas, os investigadores buscam testemunhas... Mas numa situação dessas, sempre fica aquela pergunta: alguém vai falar?Os homens da moto sumiram na escuridão. Deixaram pra trás o rastro de violência, o medo instalado na comunidade, e três pessoas marcadas pra sempre. A moto, segundo as imagens, era uma Honda CG de cor escura. Placa? Ninguém conseguiu ver.
O que fica depois dos tiros
Enquanto escrevo isso, não consigo evitar de pensar na normalização do absurdo. Dois caras numa moto atirando contra uma família na rua. Parece cena de filme, mas é o Espírito Santo real, o que a gente vive todo dia.
O bairro Feu Rosa amanheceu diferente hoje. Mais quieto, mais assustado. E três pessoas acordaram num hospital, lembrando que sobreviveram — mas carregando as marcas físicas e emocionais que provavelmente nunca vão embora.
A polícia pede: quem souber de qualquer informação, fale. Disque 181. Denuncie. Porque silêncio, nesses casos, só ajuda quem atirou contra uma criança de 12 anos.