Imagine o pesadelo de ter sua própria casa — aquele lugar que deveria ser seu porto seguro — invadida por criminosos determinados a tudo levar. Foi exatamente isso que aconteceu com uma família no bairro Messejana, na Grande Fortaleza, numa noite que começou como qualquer outra e terminou em puro terror.
Por volta das 21h desta terça-feira (8), o comum se transformou em extraordinário. Dois homens armados, com uma frieza que chega a dar arrepios, simplesmente arrombaram a porta e entraram como se fossem donos do lugar. A cena seguinte é daquelas que ninguém gostaria de presenciar nem na pior das ficções.
Horas que pareceram uma eternidade
Os bandidos — porque não dá pra chamar de outra coisa — mantiveram todos os moradores sob ameaça constante. Armas apontadas, vozes alteradas, aquela tensão no ar que até parece que dá pra tocar. E pensar que isso acontece cada vez mais nos bairros da nossa cidade...
O que mais impressiona — além do óbvio, claro — é a duração do cerco. Não foram minutos, foram horas inteiras de angústia. Tempo suficiente para revirar cada canto, cada gaveta, cada espaço que guardava objetos de valor e, pior ainda, memórias.
O que levaram? Tudo.
Celulares, dinheiro, joias — o pacote completo do que atrai esse tipo de marginal. Mas o preço emocional? Esse é incalculável. A sensação de violação, o medo que fica impregnado nas paredes, a insegurança que vai acompanhar essa família por muito, muito tempo.
A Polícia Civil já iniciou as investigações, mas convenhamos: enquanto isso, a pergunta que não quer calar é até quando viveremos reféns do medo em nossas próprias casas?
O caso serve de alerta — e que alerta amargo — para todos nós. Fortaleza precisa urgentemente de respostas que vão além dos boletins de ocorrência. Precisa de segurança de verdade, daquela que permite dormir em paz sem imaginar que a qualquer momento sua família pode virar estatística.
