
A tranquilidade habitual da Praia do Bessa, um dos cartões-postais mais famosos de João Pessoa, foi brutalmente interrompida nesta manhã de quinta-feira. Por volta das 7h30, banhistas que chegavam para aproveitar o início do dia se depararam com uma cena que vai ficar marcada na memória de todos: um corpo humano em estado avançado de decomposição, abandonado na areia.
O que deveria ser mais um dia de paz à beira-mar transformou-se rapidamente em um pesadelo. Testemunhas relataram à polícia que inicialmente pensaram se tratar de lixo ou algum objeto estranho — até que a realidade cruel se impôs. "A gente nunca espera por algo assim", comentou um morador da região, ainda visivelmente abalado. "É de cortar o coração."
O Corpo de Bombeiros foi acionado imediatamente, seguido pela Polícia Militar que isolou a área. A cena era, nas palavras de um dos primeiros respondentes, "das mais difíceis que já vi neste litoral". O corpo estava em condições que tornavam impossível qualquer identificação visual — um verdadeiro quebra-cabeças para as autoridades.
Operação de Resgate Sob o Sol Paraibano
Enquanto curiosos se aglomeravam atrás da fita de isolamento, a equipe do Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) trabalhava meticulosamente sob o sol já forte das 9h. O procedimento foi minucioso: fotografias de todos os ângulos, coleta de possíveis evidências, o cuidado extremo com cada detalhe que pudesse esclarecer este mistério.
O que se sabe até agora é preocupantemente pouco: trata-se de um indivíduo do sexo masculino, vestindo apenas uma bermuda preta. Nem documentos, nem celular, nem qualquer objeto pessoal que pudesse dar pistas sobre sua identidade. Uma página em branco que a polícia precisa preencher urgentemente.
As Perguntas que Ecoam na Orla
Quem era este homem? Como chegou até a Praia do Bessa? Foi vítima de afogamento ou algo mais sinistro aconteceu? Essas questões pairam no ar, assim como o cheiro característico que ainda impregnava o local horas depois da remoção do corpo.
O delegado plantonista, que preferiu não se identificar, foi cauteloso ao falar com a imprensa: "Todas as possibilidades estão sendo consideradas. O corpo segue para o ITEP onde será submetido à necropsia — isso pode nos dar respostas cruciais".
Enquanto isso, a vida tenta voltar ao normal na orla. Mas há uma tensão palpável no ar, uma sombra que paira sobre o que deveria ser apenas mais um dia de verão na Paraíba. A beleza natural do local agora divide espaço com um mistério que precisa ser desvendado — e uma comunidade que espera por respostas.