Justiça condena governo de SP a indenizar família de encanador morto pela PM — veja detalhes
SP indeniza família de encanador morto pela PM com R$ 300 mil

O Tribunal de Justiça de São Paulo acabou de virar o jogo num caso que chocou a capital paulista há seis anos. Lembra daquele encanador que morreu durante uma abordagem da PM no Jardim Ângela, zona sul? Pois é, a família dele finalmente vai receber justiça — e não só no papel.

Numa decisão que deixou muita gente respirando aliviada (e outras tantas com a pulga atrás da orelha), os desembargadores mandaram o estado desembolsar R$ 300 mil por danos morais. Não foi pouco, mas será que compensa a vida de um pai de família?

O que rolou naquela noite

Era agosto de 2018 quando a coisa degringolou. O profissional — que trabalhava honestamente há anos — foi parado numa blitz que, digamos, "perdeu os trilhos". Testemunhas contam que ele levantou as mãos, mas mesmo assim... Bem, você já imagina como terminou.

O MP não engoliu a história pronta e foi atrás. "Tem cheiro de excesso aqui", deve ter pensado algum promotor mais cascudo. E não é que tavam certos?

  • Laudos técnicos mostraram disparos à queima-roupa
  • Nenhuma arma foi encontrada com a vítima
  • Os PMs envolvidos deram versões... digamos, "criativas"

Pra completar, a família ficou sem resposta por meses — até que o caso quase virou pó nos arquivos. Mas alguém ali não desistiu.

O longo caminho até a sentença

Quatro anos de processo. Quatro anos de "vamos ver", "aguarde" e "o caso está em análise". Enquanto isso, a viúva do encanador criava os filhos com ajuda de vizinhos — porque do estado, só silêncio.

Até que na última terça-feira (porque justiça brasileira adora um drama de quinta categoria), saiu a decisão:

  1. Indenização de R$ 300 mil pra família
  2. O valor deve ser corrigido desde 2018 (juros e correção monetária)
  3. O estado tem 15 dias pra recorrer (e apostam quanto que vão?)

Numa frase que pegou todo mundo de surpresa, o relator soltou: "Não se trata de custear uma vida, mas de reconhecer que o estado falhou — e falhou feio".

E agora?

Enquanto os advogados do governo já devem estar rabiscando recursos (com caneta de ouro, claro), a família tenta seguir em frente. "Dinheiro não traz meu marido de volta", disse a viúva em entrevista rápida, antes de sair correndo pra pegar as crianças na escola.

E você, acha que R$ 300 mil é justo? Ou será que nenhum valor paga o preço de uma vida — especialmente quando quem deveria proteger é quem tira?