
Era pra ser um momento de despedida, de luto coletivo. Mas o que aconteceu na noite de quarta-feira (20) em São Luís transformou dor em puro horror. O sargento Raimundo Nonato Costa Lima, 46 anos, estava ali pra prestar suas últimas homenagens – e acabou se tornando a própria vítima.
Imagina a cena: o clima já pesado, cheio daquele silêncio que só o luto traz. De repente, a violência irrompe sem aviso. Dois indivíduos, num ato de brutalidade inexplicável, investem contra o policial. A arma? Uma faca. O resultado? Uma tragédia anunciada que ninguém consegue entender.
Ele não teve chance. Os golpes foram certeiros, fatais. Mesmo sendo rapidamente levado para o Hospital da Sé, seu coração parou de bater ainda na madrugada de quinta-feira (21). A notícia correu como um rastilho de pólvora entre os companheiros de farda. Como é que um homem que dedicou a vida à segurança pública é abatido num momento tão vulnerável?
O que se sabe até agora?
A Polícia Civil assumiu o caso e já iniciou as investigações. Testemunhas relatam a fuga dos assassinos, que desapareceram na escuridão deixando para trás apenas o choque e a incredulidade. Ninguém foi preso ainda – e o mistério sobre o motivo do crime ainda paira no ar, pesado como a umidade do Maranhão.
Raimundo Nonato era lotado no 1° Batalhão de Polícia Militar. Tinha história, tinha respeito. E agora, sua morte virou símbolo de algo maior: a violência que não poupa nem mesmo quem veste uniforme. Nem mesmo no momento mais sagrado – a despedida.
E o que fica?
Além da comoção, fica o alerta. Se nem um policial em um velório está seguro, o que dizer do cidadão comum? A pergunta ecoa nas ruas de São Luís e além. Enquanto a investigação corre atrás de pistas, a corporação chora. E o Brasil – mais uma vez – se pergunta até quando.
Uma vida interrompida no auge de sua trajetória. Um filho do Maranhão que partiu de forma brutal. E uma história que, infelizmente, se repete demais neste país.