
Uma cena de violência que parece saída de um filme de ação, mas era terrivelmente real. Na noite de sábado, por volta das 23h, o terceiro sargento da PM Rodrigo da Silva Xavier, de apenas 29 anos, dirigia seu carro pela Rua Doutor Luiz Palmier, no bairro do Barreto, em Niterói. A rotina do trânsito noturno se transformou em pesadelo em questão de segundos.
Dois indivíduos — a polícia ainda trabalha para identificá-los — se aproximaram do veículo e simplesmente começaram a atirar. Sem piedade. Sem aviso. A câmera de segurança de um estabelecimento comercial próximo registrou tudo, capturando imagens que agora são peças fundamentais no quebra-cabeça deste crime brutal.
O que as câmeras mostram
O vídeo, que correu entre os investigadores, é de cortar o coração. Dá pra ver os suspeitos se aproximando com uma frieza que chega a ser assustadora. Eles não parecem ter trocado uma única palavra com a vítima antes de abrir fogo. Simplesmente executaram o policial — que, diga-se de passagem, estava de folga e completamente desprevenido.
O barulho dos tiros ecoou pela rua escura, interrompendo a calmaria da noite. Vizinhos relataram depois que contaram pelo menos oito disparos. Oito! Uma verdadeira chuva de balas que não deixou chance alguma para o jovem sargento.
A corrida contra o tempo
Os socorristas chegaram rápido, mas já era tarde demais. Rodrigo foi levado às pressas para o Hospital Estadual Azevedo Lima, ali pertinho. Os médicos tentaram de tudo, lutaram com unhas e dentes para reverter a situação — mas os ferimentos eram simplesmente gravíssimos. Horas depois, por volta da 1h da manhã de domingo, veio a triste confirmação: o policial não resistiu.
E sabe o que é mais revoltante? Os assassinos fugiram sem deixar rastro, sumindo na escuridão da noite como fantasmas. Até agora, ninguém foi preso. A Delegacia de Homicídios de Niterói assumiu o caso e está literalmente virando a cidade do avesso atrás de pistas.
Quem era Rodrigo?
O sargento Rodrigo não era apenas um número nas estatísticas da violência. Era um profissional dedicado, com nove anos de carreira nas fileiras da Polícia Militar. Colegas descrevem ele como "comprometido com o trabalho" e "muito querido pela tropa".
Imagina só: um cara que dedicou quase uma década da vida servindo à população, tentando fazer a diferença na segurança de todos, e termina assim — executado covardemente quando menos esperava. Dá um nó no estômago só de pensar.
As investigações seguem a todo vapor
Os investigadores estão analisando cada frame da gravação, cada migalha de evidência. O celular do policial foi apreendido — quem sabe não guarda alguma pista importante? O que me deixa pensativo: será que foi um crime oportunista ou tinham alguma rixa com o Rodrigo?
O caso tem mexido com todo mundo aqui na região. Você anda pela cidade e sente aquele clima pesado — as pessoas comentando nos pontos de ônibus, nos bares, nas esquinas. Uma mistura de indignação com aquela sensação incômoda de "poderia ter sido comigo".
Enquanto isso, a políce continua batendo portas, checando câmeras de segurança da região e ouvindo testemunhas. Alguém deve ter visto algo. Em crimes assim, sempre tem alguém que sabe de algo — o difícil é fazer essa pessoa quebrar o silêncio.