
Não foi um dia qualquer nas ruas de Feira de Santana. Por volta das 14h desta quinta (15), o que começou como uma rotina de patrulha virou um episódio digno de filme de ação — só que sem roteiro ensaiado e com risco real.
Segundo relatos de testemunhas, tudo aconteceu rápido demais para entender. De repente, tiros ecoaram no bairro Jardim Cruzeiro, deixando moradores em pânico. "Parecia fogos de artifício, mas aí vi todo mundo correndo", contou uma vendedora ambulante que preferiu não se identificar — afinal, ninguém quer chamar atenção nessas horas.
Ação policial surpreende suspeitos
A PM chegou como um raio. Receberam uma denúncia anônima sobre homens armados e, quando se aproximaram, foram recebidos a bala. O que se seguiu foi uma troca de tiros que durou — pasme — menos de três minutos, mas que deve ter parecido uma eternidade para quem estava lá.
No final, dois suspeitos conseguiram fugir (como sempre acontece nesses casos, não é mesmo?), mas deixaram para trás um presente nada agradável: um fuzil AR-15, municiado e pronto para uso. Arma de guerra nas mãos de quem, exatamente? Eis a pergunta que não quer calar.
O que a polícia encontrou
- 1 fuzil AR-15 com carregador
- Munição calibre 5.56
- Equipamentos táticos abandonados no local
Curiosamente — ou assustadoramente —, o armamento estava em perfeito estado de funcionamento. "Dava para começar uma guerra particular", brincou sem graça um dos policiais envolvidos, sob condição de anonimato.
E agora, José?
Enquanto a perícia trabalha no local, a população fica com aquela sensação de insegurança que não passa. "Todo dia é isso aqui", desabafou um morador enquanto observava a cena de longe. Ele tem razão em se preocupar: só neste ano, já foram mais de 30 armas de grosso calibre apreendidas na região.
A Delegacia de Repressão a Crimes Violentos assumiu o caso e promete — sempre prometem — investigar a origem do armamento. Mas entre promessas e resultados, sabe como é, existe um abismo que às vezes nunca é atravessado.
Enquanto isso, a vida segue na cidade que não para, mesmo quando deveria. Feira de Santana mais uma vez no mapa da violência, mas quem se surpreende ainda?