Policial militar em estado crítico após agressão com barra de concreto em posto de Vila Velha
PM agredido com barra de concreto em posto de combustíveis

Um cabo da Polícia Militar do Espírito Santo encontra-se internado em estado crítico após ser brutalmente agredido com uma barra de concreto em um posto de combustíveis localizado no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha. O suspeito, considerado foragido, decidiu se entregar às autoridades neste domingo (28).

Detalhes da agressão e estado de saúde do PM

O militar agredido foi identificado como Mariusom Marianelli Jacintho, de 35 anos, com 11 anos de corporação. O ataque violento ocorreu na tarde da última sexta-feira (26) e foi registrado pelas câmeras de segurança do local.

O policial foi inicialmente socorrido para o Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, onde permaneceu até o sábado (27). Posteriormente, devido à gravidade do quadro, foi transferido para a unidade de saúde São Lucas, na capital Vitória.

Segundo informações do comandante-geral da PM, coronel Douglas Caus, o militar sofreu traumatismo craniano e apresenta edema cerebral. A equipe médica ainda avalia a necessidade de uma intervenção cirúrgica. "Nós acreditamos em Deus para salvar o nosso policial militar", declarou o coronel.

Suspeito se entrega e é preso

O autor das agressões, Kennedy Thaumaturgo Rocha Junior, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, se apresentou espontaneamente na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória, no domingo. Após prestar depoimento, ele foi encaminhado para o Presídio de Viana.

As imagens do circuito interno mostram a sequência da violência: após uma discussão, Kennedy sai de trás de um contêiner segurando uma peça de concreto e desfere dois golpes no policial, sendo o segundo na cabeça, o que faz o cabo cair desacordado no chão.

A Associação das Praças da Polícia e do Corpo de Bombeiros Militares do Espírito Santo (Aspra-ES) havia chegado a oferecer uma recompensa de R$ 10 mil por informações que levassem à localização do suspeito.

Motivação do conflito e outros envolvidos

De acordo com relatos de testemunhas e da enteada do suspeito, Rafaela César, a confusão teve início após o policial urinar na grama do posto de combustíveis, na frente de mulheres e crianças. Pedidos para que ele parasse teriam gerado a discussão que escalou para a agressão física.

Outro homem, filho de Kennedy e irmão de Rafaela, aparece no vídeo correndo e aplicando um chute após a agressão principal. Ele foi localizado, levado à delegacia para prestar depoimento como testemunha e, posteriormente, liberado. A família alega que ele tentava apartar a briga.

Rafaela também relatou que o padrasto, dono do contêiner que abriga uma loja de roupas no local, tem histórico de comportamento agressivo e episódios de violência doméstica contra sua mãe.

Repercussão e investigação

O presidente da Aspra-ES, 3º sargento Jackson Eugênio, emitiu uma nota lamentando profundamente o que classificou como uma "covarde agressão". Ele reforçou que se trata de mais um episódio de extrema violência contra um agente da segurança pública.

A Polícia Civil, por meio do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), conduziu as diligências que resultaram na identificação do suspeito e de uma testemunha, consolidando a investigação do caso.