Era para ser mais um dia comum nas ruas de Macapá, mas o que começou como uma tentativa de assalto rapidamente virou um cenário de filme de ação. Por volta das 14h desta sexta-feira (25), um jovem — até então não identificado — decidiu que aquele seria seu último erro.
Segundo testemunhas, tudo aconteceu rápido demais para entender. O suspeito, que aparentava ter pouco mais de 20 anos, teria ameaçado vítimas na região do bairro Buritizal quando, do nada, a sorte virou contra ele. O BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) chegou como um raio — e não deu tempo para arrependimentos.
O que as câmeras não mostram
Os policiais, treinados para situações de alto risco, não hesitaram. Houve troca de tiros, gritos, e depois... silêncio. O jovem foi atingido e, mesmo com o socorro imediato, não resistiu. Na cena, encontraram uma arma — que, diga-se de passagem, parecia mais velha que o próprio suspeito.
Moradores da região, ainda em choque, contaram à reportagem detalhes que não aparecem nos boletins oficiais: "Foi tudo muito rápido, mas dava pra ver que ele tava desesperado", disse uma senhora que preferiu não se identificar. Outro comentou, entre um gole de café e outro: "Aqui tá virando terra sem lei".
Os números que ninguém quer bater
Esse é o terceiro confronto fatal envolvendo o BOPE só este mês na capital. E a pergunta que fica é: até quando? Enquanto as autoridades prometem "investigar", famílias choram — seja de um lado, seja de outro.
O corpo foi encaminhado ao IML, e a perícia vai tentar reconstituir os últimos minutos daquele que poderia ter sido apenas mais um nome nas estatísticas da violência urbana. Mas hoje, é apenas mais um caso arquivado — com direito a notícia de jornal e esquecimento na semana que vem.
