Jovem alega ter levado tiro na cabeça de PM; vídeo mostra policiais cortando giro de motos
Jovem baleado na cabeça por PM em SP; vídeo mostra motos danificadas

Uma cena que mistura sangue, dor e aquele sentimento de injustiça que corrói por dentro. Falamos de um jovem de 22 anos que, segundo seu relato, teve a vida virada de cabeça para baixo na noite de terça-feira, no Jardim São Luís, zona sul da capital paulista.

Ele conta, com voz ainda trêmula, que estava simplesmente andando pela rua quando tudo aconteceu. Do nada, segundo ele, veio o estampido seco — um tiro que, pasmem, teria vindo diretamente de um policial militar. A bala? Alojada na sua cabeça, caramba.

O outro lado da moeda

Enquanto o rapaz lutava pela vida no Hospital São Luiz Gonzaga, algo igualmente perturbador rolava nas redondezas. Um vídeo — desses que viralizam em segundos — começou a circular mostrando dois PMs fazendo algo no mínimo questionável: cortando os gires de motos que haviam apreendido.

Parece piada de mau gosto, mas é a pura realidade. Os agentes aparecem serrando as peças como se estivessem numa oficina clandestina, não durante uma ação policial. E olha que a cena toda foi registrada por uma testemunha, que preferiu não se identificar — quem pode culpá-la?

A versão oficial

A Polícia Militar, é claro, já se manifestou. Através de sua assessoria, informou que abriu um processo administrativo para investigar a fundo o caso. Prometeram analisar as imagens e apurar se houve mesmo esse tal tiro — que, segundo eles, poderia ter vindo de outra origem.

Mas cá entre nós, a desculpa soa um tanto quanto furada, não acham? O jovem alega que os PMs atiraram nele sem qualquer provocação, enquanto a corporação fala em "possível confronto". Alguém aqui está mentindo, e as cicatrizes — tanto físicas quanto emocionais — não vão deixar esquecer tão cedo.

O pior de tudo? O estado de saúde do rapaz é considerado grave, muito grave. Ele segue internado, com a bala ainda alojada na cabeça, enquanto sua família vive um pesadelo sem fim.

E as motos?

Ah, as motos... Dois veículos foram apreendidos naquela noite fatídica. A PM diz que tudo foi feito dentro da lei, mas as imagens dos gires sendo cortados contam uma história bem diferente.

Pergunta que não quer calar: que necessidade havia de destruir o patrimônio? Era realmente necessário ou foi pura demonstração de força — ou pior, vandalismo uniformizado?

O caso me lembra aquela velha história de que o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente. Será que estamos diante de mais um exemplo triste dessa máxima?

A verdade é que casos como esse abalam a confiança da população nas instituições. E não me venham com discurso pronto — o povo está cansado de promessas vazias. Queremos respostas, e queremos agora.

Enquanto isso, um jovem luta pela vida num leito de hospital, sua família chora num corredor frio, e a gente fica aqui se perguntando até quando histórias como essa vão continuar se repetindo.