Não deu tempo de reagir. Num piscar de olhos, a rotina de uma rua qualquer no bairro de São Caetano, em Salvador, virou um pesadelo. Tudo aconteceu tão rápido que os vizinhos ainda tentam entender os fatos — alguns juram ter ouvido mais de dez tiros, outros falam em cinco. A verdade? Um homem, ainda não identificado, perdeu a vida após ser atingido durante uma operação da PM na tarde desta terça-feira (30).
A polícia garante que a ação fazia parte de uma investigação de rotina — dessas que acontecem todo dia, mas que ninguém espera que termine em tragédia. Segundo fontes, os agentes teriam reagido a um "movimento suspeito" do suspeito. Será? Testemunhas contam uma história diferente: dizem que o homem estava desarmado e simplesmente correu ao ver os uniformes.
O que se sabe até agora:
- Vítima ainda não teve identidade revelada — moradores afirmam que era um "Zé qualquer" da comunidade
- Corpo encaminhado ao IML após os primeiros socorros fracassarem
- Polícia promete investigar, mas ninguém segura a revolta dos vizinhos
E aí vem aquela pergunta que não quer calar: até quando? O caso já está sendo tratado como mais um número nas estatísticas de violência policial — aquelas que todo mundo conhece, mas finge não ver. Enquanto isso, na esquina do bar onde tudo aconteceu, velas e flores murcham no asfalto quente da Bahia.
O clima na região? Tensão pura. Os PMs envolvidos foram afastados — protocolo padrão —, mas a comunidade já promete protestos. "Aqui é sempre a mesma história", desabafa Dona Maria, dona de uma vendinha próxima, enquanto arruma as mercadorias com mãos trêmulas. "Polícia chega atirando primeiro e perguntando depois."
