BA: Vídeo choca ao mostrar agressões de PMs durante operação policial | Investigação em andamento
BA: Vídeo mostra PM agredindo homem caído durante operação

As imagens são difíceis de assistir. Chocantes, pra dizer o mínimo. Num vídeo que viralizou com velocidade impressionante — coisa de minuto, não horas —, dois policiais militares aparecem aplicando o que muitos estão chamando de 'justiça com as próprias mãos' numa cena que mais parece um pesadelo distópico.

E não, isso não é roteiro de filme. Aconteceu de verdade, aqui mesmo, na Bahia. Num bairro que poderia ser o seu, com pessoas que poderiam ser seus vizinhos.

A sequência brutal mostra um dos agentes — fardado, note bem — desferindo nada menos que três tapas na cara de um homem que já estava no chão, imobilizado. Como se não bastasse, outro PM chega e... chuta a vítima. Sim, chuta. Como se estivesse chutando um objeto inanimado, não um ser humano.

O que a corporação diz?

Pois é. A Polícia Militar, através da assessoria, confirmou que abriu um procedimento interno pra apurar o caso. Disse que tomou conhecimento do vídeo e que está identificando os envolvidos. Mas cá entre nós — será que isso basta? A população está cansada de promessas vazias.

O Ministério Público Estadual também entrou no páreo. Recebeu as imagens e já comunicou a Corregedoria da PM, cobrando providências. A promotora Lívia Santana Vaz, que comanda o GAECO, foi enfática: "As cenas são gravíssimas e ferem princípios elementares da dignidade humana".

E as testemunhas?

Moradores da região, que preferiram não se identificar — medo, né? —, contaram que a operação já estava tensa desde o início. Disparos de arma de fogo teriam sido ouvidos antes das agressões. A PM, é claro, diz que foi uma 'ação de repressão qualificada' depois de troca de tiros com criminosos.

Mas peraí. Mesmo que tenha havido tiroteio — isso justifica espancar alguém que já está rendido? A lei é clara: o uso da força deve ser proporcional e necessário, não um vale-tudo movido pela raiva.

O caso lembra outros episódios tristes que mancham a imagem das forças de segurança. E a pergunta que fica, ecoando nas ruas e nas redes, é uma só: até quando?