Vigilante preso por feminicídio é flagrado em hotel com vítima horas antes do crime em MT
Vigilante preso por feminicídio flagrado em hotel com vítima

As imagens são de cortar o coração. E revelam uma ironia cruel do destino. Horas antes de cometer um feminicídio que chocou Mato Grosso, o vigilante Wanderson Ferreira da Silva aparecia despreocupado nas câmeras de segurança — chegando num hotel de Chapada dos Guimarães ao lado da própria vítima, Bruna.

Parecia um programa normal, sabe? Dois jovens saindo juntos. Ele, todo tranquilo, vestindo uma camiseta clara e boné. Ela, de shorts e moletom, seguindo ao seu lado. Nada naquelas imagens — gravadas por volta das 18h30 de uma quarta-feira comum — sugeria a tragédia que viria.

Do hotel ao crime: a noite que terminou em sangue

Mas a noite não terminou com eles saindo do hotel de mãos dadas. Longe disso. Por volta das 23h, testemunhas ouviram gritos estridentes vindo de um matagal próximo à MT-251. Quando a polícia chegou, encontrou Bruna já sem vida — e Wanderson por perto, com marcas de sangue nas roupas.

O que diabos aconteceu entre a chegada descontraída no hotel e aqueles gritos de agonia? Essa é a pergunta que não quer calar. As investigações apontam que, depois de saírem do estabelecimento, o casal seguiu para um bar. E foi ali que a coisa começou a desandar.

O ciúme que virou tragédia

Segundo relatos colhidos pela polícia, Wanderson não gostou nada da forma como Bruna conversou com outro homem no bar. Aquele ciúme doentio — que tantas mulheres conhecem bem — começou a ferver. A discussão esquentou, eles deixaram o local... e o resto é a triste história que se repete com frequência assustadora no Brasil.

O vigilante de 26 anos, que deveria proteger, escolheu matar. Usou uma faca — sempre uma faca, por que tem que ser sempre uma faca? — para ceifar a vida de Bruna. Quando foi preso, nem tentou negar. Assumiu o crime com uma frieza que dá arrepios.

Histórico que preocupa

Aqui vem o detalhe mais perturbador: não era a primeira vez que Wanderson praticava violência contra Bruna. O casal já tinha histórico de brigas — aquelas discussões que começam «pequenas» e vão escalando, sabe como é? Só que dessa vez não terminou com xingamentos ou empurrões.

Terminou com uma jovem morta no meio do mato. E um homem que escolheu transformar ciúme em assassinato.

Wanderson agora responde por feminicídio na cadeia. As imagens do hotel, que mostravam os últimos momentos de normalidade na vida de Bruna, tornaram-se prova crucial. São cenas que ficam na mente — a calma antes da tempestade, o sorriso que ninguém sabia ser um dos últimos.

Mais uma vez, a pergunta que incomoda: quantas Brunas precisam morrer antes que a sociedade entenda que ciúme não é amor, e que discussão de casal não pode terminar em facadas?