O cenário político de Mogi das Cruzes acabou mergulhado em uma crise de proporções dramáticas. Johnny Vieira dos Santos, mais conhecido como Johnny da Inclusão, hoje vereador da cidade, virou réu em uma investigação que está deixando todo mundo de cabelo em pé. Uma denúncia de estupro, essa palavra pesada que ninguém quer ouvir, mas que precisa ser encarada de frente.
Segundo o relato que chegou à 2ª Delegacia de Polícia da Mulher, tudo aconteceu no último dia 3 de outubro. Uma mulher de 33 anos — coragem não falta a ela — contou aos investigadores que foi vítima do vereador dentro de um apartamento localizado no Centro da cidade. O endereço exato? Rua Coronel Souza Franco, número 701, apê 82.
O relato da vítima
A narrativa é daquelas que faz a gente segurar a respiração. A mulher afirma que Johnny a agrediu sexualmente após um encontro que, supostamente, tinha tudo para ser comum. Mas não foi. O que deveria ser uma noite qualquer transformou-se em pesadelo. Ela, com uma bravura admirável, não hesitou: foi direto à delegacia especializada no atendimento à mulher.
Ah, e tem um detalhe que não pode passar batido: o vereador já tinha uma passagem pela polícia antes mesmo disso. Em 2022, outro boletim de ocorrência já manchava seu nome, também por suspeita de estupro. Coincidência? A polícia duvida muito.
A resposta da justiça
O caso já virou investigação criminal na 2ª Delegacia de Polícia da Mulher de Mogi. E olha só como as coisas andam rápido: o pedido de prisão preventiva do parlamentar já está nas mãos do Poder Judiciário. A Polícia Civil, por sua vez, confirmou que o inquérito corre em segredo de justiça — medida mais do que necessária, convenhamos.
Enquanto isso, a Câmara Municipal emitiu uma nota tentando acalmar os ânimos. Dizem que vão "apurar com rigor" as acusações, mas a verdade é que o estrago já está feito. A população fica se perguntando: como alguém com uma denúncia dessas no currículo continua exercendo mandato?
Quem é Johnny da Inclusão?
Para quem não conhece a trajetória política do acusado, Johnny foi eleito pelo Republicanos e assumiu o cargo em 2023. Seu mandato, ironicamente, sempre pregou a defesa dos direitos humanos e das minorias. Agora, encontra-se no centro do furacão justamente por algo que vai contra tudo o que supostamente defendia.
O caso lembra aquela velha história de que nem tudo é o que parece na política. E nos faz refletir: até que ponto conhecemos realmente aqueles que elegemos para nos representar?
A situação está longe de ter um desfecho. Enquanto a investigação segue seu curso, a pergunta que fica no ar é simples, porém perturbadora: quantas outras vítimas podem estar por aí, sem coragem para falar?
