
O coração aperta só de pensar. Uma menina de três anos, que mal começou a descobrir o mundo, tornou-se vítima daqueles que deveriam protegê-la. O Rio de Janeiro registrou mais um caso que nos faz questionar a humanidade — se é que ainda resta alguma.
Na Zona Norte da cidade, precisamente no bairro de Cavalcante, a Polícia Civil agiu rápido. Muito rápido, diga-se de passagem. Prenderam um homem de 23 anos — nome não divulgado, mas a identidade pouco importa perto da brutalidade do crime — acusado de agredir violentamente a própria enteada.
A denúncia que acionou tudo
Tudo começou com uma ligação. Alguém — não sabemos quem, mas bendita seja essa pessoa — resolveu não se calar. Denunciou às autoridades que a pequena estava sendo vítima de maus-tratos dentro de casa. E olha, quando a polícia chegou ao local, a cena era ainda pior do que imaginavam.
A criança apresentava hematomas por todo o corpo. Não eram quedas normais de brincar, não. Eram marcas de violência, daquelas que doem na alma de qualquer um que as veja. Os policiais, experientes como são, reconheceram imediatamente os sinais de espancamento.
O desenrolar do caso
O suspeito, que morava com a criança e sua mãe, não resistiu à prisão. Foi levado para a 41ª DP (Delegacia de Polícia do Méier), onde agora responde pelos seus atos. A delegada titular, Drª Adriana Belmonte, não escondeu a revolta:
"Casos como esse nos cortam a respiração. Uma criança indefesa, dependendo totalmente dos adultos, e essa confiança é traída da maneira mais cruel possível."
O que mais choca — se é que ainda pode haver algo mais chocante — é a frieza do acusado. Durante o depoimento, tentou minimizar a gravidade das agressões, como se hematomas em um corpo tão pequeno fossem algo normal.
E a menina?
Agora o que importa mesmo é o bem-estar da criança. Ela foi levada para exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal e, graças a Deus, está sob os cuidados de familiares. A mãe, que aparentemente não participou das agressões, está cooperando com a investigação.
O caso segue sob investigação na 41ª DP, e tudo indica que novas medidas protetivas serão solicitadas para garantir a segurança da pequena. Porque no fim das contas, é isso que importa: proteger quem não pode se proteger.
E pensar que casos assim acontecem todos os dias, em tantos lares por aí... Mas este, pelo menos, teve um desfecho diferente graças à coragem de quem denunciou.