
Um pastor foi formalmente indiciado pela prática de feminicídio após matar sua esposa a golpes de facão no estado do Acre. O crime, que chocou a comunidade local, ocorreu após uma discussão entre o casal, segundo relatos de testemunhas.
O acusado, que atuava como líder religioso em uma igreja da região, foi preso em flagrante após o ocorrido. A vítima, identificada como Maria Silva, de 35 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.
De acordo com as investigações, o pastor alegou ter cometido o crime em um momento de "fúria", mas as autoridades descartaram qualquer possibilidade de legítima defesa ou atenuantes. O caso está sendo tratado como feminicídio, crime previsto no Código Penal brasileiro para homicídios contra mulheres em contextos de violência doméstica ou menosprezo pela condição feminina.
Repercussão e debate sobre violência doméstica
O caso reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher no Brasil, especialmente em regiões com menor visibilidade nacional. Organizações de defesa dos direitos das mulheres já se manifestaram, cobrando políticas públicas mais eficazes para coibir esse tipo de crime.
"É inadmissível que ainda tenhamos casos tão brutais como este. Precisamos de mais ações preventivas e de uma rede de apoio eficiente para proteger as mulheres em situação de risco", declarou uma representante local de um coletivo feminista.
Andamento do caso
O pastor aguarda julgamento e, se condenado, pode enfrentar pena de até 30 anos de prisão. A polícia continua investigando se havia histórico de violência no relacionamento do casal.
Enquanto isso, a comunidade onde o crime ocorreu segue em choque, com muitos questionando como uma figura religiosa poderia cometer um ato tão violento. "Ele sempre pregou o amor e o perdão. Não consigo entender como fez isso", comentou um frequentador da igreja.