Pai é preso após violar medida protetiva e agredir bebê de 4 meses no DF — caso choca a capital
Pai preso por agredir bebê de 4 meses no DF

Não é todo dia que uma notícia assim chega às redações — e ainda bem, porque é daquelas que a gente até hesita em escrever. Na noite desta quarta-feira (20), um caso de violência doméstica chocou Ceilândia, no Distrito Federal. E o agressor? O próprio pai da criança.

Um bebê. Quatro meses de vida. Um ser que mal sabe respirar direito, que depende totalmente de um adulto — e justamente esse adulto, que devia protegê-lo, vira contra ele a própria mão. É de cortar o coração, não é?

O indivíduo, de 27 anos, já tinha histórico. Uma medida protetiva já pesava contra ele, imposta pela Justiça para resguardar a mãe da criança. Mas ele não só ignorou a ordem como invadiu a residência da ex-companheira e partiu para a agressão. E não parou por aí.

A criança, um menino de quatro meses, foi vítima da fúria do pai. Testemunhas relataram à Polícia Civil que o homem teria agarrado o bebê de forma brusca e violenta, causando lesões. A sorte é que a mãe conseguiu intervir a tempo de evitar algo ainda pior.

A prisão: rápida, mas tardia?

Os policiais foram acionados ainda durante a noite. Quando chegaram ao local, o suspeito já havia fugido. Mas não por muito tempo. Horas depois, ele foi localizado e preso em flagrante — dessa vez, não escapou.

Agora, ele responde por descumprimento de medida protetiva e lesão corporal. E olha, não vai ser fácil se explicar. A Justiça não costuma ser branda com casos que envolvem violência contra vulneráveis — e criança, todos sabemos, é a definição máxima de vulnerabilidade.

O pequeno foi levado para o Hospital Regional de Ceilândia. Os médicos confirmaram escoriações e marcas de agressão, mas felizmente — e pasmem, isso é um alívio — nenhuma fratura ou sequela mais grave foi identificada. A mãe, em estado de choque, recebeu apoio psicossocial.

Um problema que insiste em se repetir

Casos como esse não são isolados, infelizmente. Só no primeiro semestre de 2025, a Secretaria de Segurança Pública do DF registrou mais de 3 mil ocorrências de violência doméstica. E pior: em 40% delas, havia medidas protetivas já deferidas e… ignoradas.

É como se a lei não assustasse mais. Como se alguns achassem que um papel — ainda que judicial — não tem força. Mas tem. E a prisão desse homem é a prova.

Ceilândia, que é uma das maiores regiões administrativas do DF, vive sob tensão constante. Muitas famílias, pouco apoio. Muita gente sem medo das consequências. E é aí que a Justiça precisa aparecer — com rigor e velocidade.

A delegada responsável pelo caso, que preferiu não se identificar, foi enfática: “Violência contra criança é inaceitável. E quando vem de quem deveria cuidar, é ainda mais revoltante. A lei será aplicada com máximo rigor”.

Enquanto isso, o bebê se recupera. E a gente fica aqui pensando: quantos casos assim ainda vão precisar acontecer até que a proteção seja real — e não só no papel?