Mulher escapa de cativeiro e denuncia companheiro por violência doméstica em Jales
Mulher escapa de cativeiro e denuncia companheiro em Jales

Imagine ter medo dentro da própria casa. De quem deveria te proteger. Foi exatamente esse pesadelo que uma mulher de 37 anos viveu em Jales, no interior paulista, e decidiu romper o silêncio nesta quarta-feira (20).

Ela chegou à Delegacia de Defesa da Mulher com marcas não só no corpo, mas na alma. Contou aos policiais que o companheiro, um homem de 39 anos, havia transformado seu lar numa prisão disfarçada. As chaves sumiram. As portas trancadas. A liberdade, roubada.

O ciclo de terror

Não foi um fato isolado, sabe? A coisa vinha de longe. Segundo o relato dela, as agressões físicas eram quase rotineiras — uma realidade dura que muitas enfrentam caladas. Mas na terça-feira (19), o cenário escalou para algo ainda mais aterrador: o cárcere privado.

Ele trancou ela em casa. Impediu que saísse. Controlou cada movimento, como se fosse dono não só do espaço, mas da vida dela. E olha que estamos falando de um relacionamento que já durava seis meses. Tempo suficiente para mascarar monstros sob promessas vazias.

A fuga pela janela

Mas sabe o que acontece quando encurralam um ser humano? Ele reage. Na manhã de quarta-feira, ela viu uma brecha — literalmente. Enquanto o agressor dormia, ela escapou pela janela. Correu. Não olhou para trás.

Foi direto para a delegacia. Tremendo, mas determinada. Precisava registrar aquela história antes que o medo a fizesse voltar atrás.

O que acontece agora?

A polícia já iniciou as investigações. O tal companheiro vai responder pelos crimes de cárcere privado e lesão corporal dolosa — e olha, não são acusações leves. A Justiça costuma levar muito a sério casos assim, ainda mais com testemunho direto e, possivelmente, provas físicas.

Enquanto isso, a mulher recebeu medidas protetivas. Um pedaço de papel que, esperamos, seja mais forte que a ameaça de um homem violento.

Casos como esse não são raros, mas cada um dói como se fosse o primeiro. Jales, infelizmente, repete uma história que ecoa pelo Brasil inteiro. E é por isso que falar sobre isso importa: porque silêncio nunca salvou ninguém.