
Imagine a cena: uma senhora de 68 anos, no lugar que deveria ser seu porto seguro, sua própria casa, recebendo um soco na boca do próprio sangue, do filho que ela criou. É de cortar o coração, não é? Pois foi exatamente isso que aconteceu num bairro residencial tranquilo de Uberaba, Minas Gerais.
O caso — que me fez perder o sono quando soube — ocorreu na última terça-feira, mas os detalhes só vieram à tona agora. A vítima, uma idosa que merecia respeito e cuidado na melhor idade, sofreu uma agressão física que deixaria qualquer pessoa de cabelo em pé.
O momento de fúria que destruiu uma família
A discussão começou por motivos que ainda estão sendo apurados, mas testemunhas contam que a tensão vinha crescendo há dias. E então, num acesso de raiva completamente desproporcional, o filho de 40 anos — que deveria ser protetor — desferiu um soco direto no rosto da mãe.
O golpe foi tão violento que quebrou vários dentes da idosa. A dor física deve ter sido excruciante, mas imagino que a dor moral, a traição vinda de quem se espera amor, tenha sido ainda pior.
As consequências imediatas do ato insano
Após a agressão, que felizmente não passou despercebida, a Polícia Militar foi acionada rapidamente. Os PMs chegaram ao local e se depararam com uma cena triste: a idosa machucada, assustada, e o filho ainda no local.
O que me deixa mais perplexo nesses casos é a naturalidade com que algumas pessoas resolvem conflitos familiares. Discussões acontecem em todas as famílias — faz parte da vida — mas agressão física? Jamais!
Atendimento médico e situação atual
A equipe do SAMU foi chamada e prestou os primeiros socorros no local. Os paramédicos, profissionais que admiro profundamente, constataram a gravidade dos ferimentos e a idosa foi levada para atendimento especializado.
Os dentes quebrados são apenas a parte visível do trauma. Uma agressão dessas deixa marcas profundas na autoestima, na confiança, na própria alma. É como se o chão sumisse debaixo dos seus pés.
O que acontece agora?
O agressor — sim, vou chamar pelo que é — foi preso em flagrante e está à disposição da Justiça. O delegado plantonista registrou o caso como lesão corporal, mas algo me diz que as consequências jurídicas serão severas, como deve ser quando se trata de violência contra idoso.
Cases como esse me fazem refletir: onde foi que nossa sociedade falhou? Como alguém chega ao ponto de agredir a própria mãe? São perguntas que talvez nunca tenham resposta satisfatória, mas que precisam ser feitas.
Enquanto isso, a idosa segue se recuperando — fisicamente, pelo menos. O caminho para superar o trauma emocional será bem mais longo e doloroso. Torço para que ela encontre apoio na rede de proteção à pessoa idosa e, quem sabe, em outros familiares que possam oferecer o carinho que ela merece.