
A cena foi digna de filme de terror — só que real. Na noite de ontem, um homem de 32 anos foi preso em flagrante após tentar assassinar a ex-namorada no bairro de Copacabana, Zona Sul do Rio. A vítima, de 28 anos, escapou por pouco de se tornar mais uma estatística de feminicídio no país.
Segundo relatos dos vizinhos — que ainda estavam visivelmente abalados quando a reportagem chegou ao local —, o agressor invadiu o apartamento da mulher por volta das 22h. "A gente ouviu uns gritos desesperados, depois um barulho de coisas quebrando", contou uma moradora que preferiu não se identificar. "Quando olhei pelo peephole, vi ele correndo escada abaixo com uma faca na mão."
Os detalhes que arrepiaram até os policiais
Os agentes da 12ª DP (Copacabana) chegaram em menos de 8 minutos após o chamado. Encontraram a vítima ensanguentada, mas consciente. "Ela teve um reflexo incrível de se proteger com os braços", explicou um dos PMs que atendeu a ocorrência. "Os cortes foram profundos, mas nenhum atingiu órgãos vitais."
O suspeito — que já tinha passagem por ameaça — foi localizado três quarteirões dali, escondido atrás de um contêiner de lixo. Na delegacia, segundo fontes, ele não demonstrou arrependimento. "Falou que ia 'terminar o serviço' quando saísse", revelou um investigador.
O que dizem os especialistas
Para a delegada responsável pelo caso (que pediu para não ser identificada), situações como essa mostram como a Lei Maria da Penha precisa ser aplicada com mais rigor. "Essa vítima já tinha medida protetiva", disse ela, visivelmente frustrada. "Precisamos de mecanismos que realmente impeçam esses criminosos de se aproximarem."
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que o Brasil registra uma tentativa de feminicídio a cada 7 minutos. No Rio, só este ano, os números já superam os de 2024 inteiro. Assustador, não?
Agora, a grande pergunta que fica: até quando as mulheres precisarão viver com medo dentro da própria casa? Enquanto isso, a vítima segue internada no Hospital Municipal Miguel Couto, mas já está fora de perigo. O agressor deve responder por tentativa de feminicídio e descumprimento de medida protetiva.