
A noite de terça-feira em Brasília não foi como qualquer outra para uma mulher de 36 anos. O que deveria ser seu refúgio tornou-se palco de terror quando seu ex-companheiro, um homem de 39 anos, decidou cruzar todas as linhas do respeito e da sanidade.
Ele simplesmente invadiu a residência dela — sem convite, sem aviso, apenas com intenções sombrias. E as palavras que saíram de sua boca ficarão gravadas na memória da vítima por muito, muito tempo.
O momento do terror
"Só vou descansar quando nós dois estivermos no inferno". Essa frase, carregada de ódio e frieza, ecoou pela casa. Mas o pior ainda estava por vir. O agressor completou com outra ameaça arrepiante: "Vou te matar e depois me matar".
Imaginem a cena: uma mulher sozinha em casa, confrontada por alguém que um dia foi seu companheiro, agora transformado numa ameaça mortal. O medo deve ter sido palpável, quase físico.
A fuga e o socorro
Milagrosamente — e com uma coragem que merece todo o reconhecimento — ela conseguiu escapar. Não sei como encontrou forças naquele momento de puro pânico, mas conseguiu. Fugiu e imediatamente buscou ajuda na 18ª Delegacia de Polícia (Paranoá).
E aqui vai um ponto positivo em meio a tanta escuridão: a Polícia Civil agiu com impressionante rapidez. Na mesma noite do crime, os policiais localizaram e prenderam o agressor. Alguém aí duvida que essa agilidade pode ter salvado uma vida?
Histórico preocupante
O que mais assusta nesse caso é que não se tratava de uma primeira ocorrência. O homem já respondia por outros dois processos na Justiça — um por ameaça e outro por violência doméstica. Parece o clássico caso de um agressor reincidente que vai escalando seu comportamento violento.
Agora ele está atrás das grades, preso preventivamente. A justiça funcionou, pelo menos por enquanto. Mas me pergunto: quantas mulheres ainda sofrem caladas, sem coragem ou apoio para denunciar?
Um alerta necessário
Casos como esse servem de lembrete cruel sobre a realidade da violência doméstica no nosso país. Não são números em estatísticas — são vidas reais, pessoas de carne e osso que vivem verdadeiros pesadelos dentro de suas próprias casas.
A coragem dessa mulher em denunciar e a eficiência da polícia mostram que o sistema pode funcionar. Mas ainda temos um longo caminho pela frente. Muito longo.