
Imagine a cena: uma mulher completamente desamparada, sem conseguir pedir ajuda de forma convencional, recorre ao que tem à mão — um simples rolo de papel higiênico — para tentar alertar alguém sobre sua situação desesperadora. Foi exatamente isso que aconteceu em Santa Catarina, num caso que mistura absurdo com total falta de humanidade.
E pensar que algo tão corriqueiro quanto papel higiênico se tornou o único elo com o mundo exterior... É de cortar o coração.
O desfecho judicial
A Justiça catarinense não perdeu tempo. Na última segunda-feira, decretou a prisão preventiva do homem acusado de abandonar sua companheira em situação de vulnerabilidade. A decisão saiu da 2ª Vara Criminal da comarca de Santo Amaro da Imperatriz, e olha — não foi por pouco.
O cara, cujo nome tá sendo preservado por questões legais, respondia por outro processo por lesão corporal contra a mesma mulher. Aí você me pergunta: como é que alguém que já tá na mira da Justiça por violência doméstica ainda comete uma coisa dessas?
Os detalhes que chocam
Segundo as investigações, que avançam a todo vapor, o sujeito simplesmente deixou a mulher sem condições de buscar ajuda. A situação era tão crítica que ela — usei a criatividade ou não usei? — escreveu um pedido de socorro num rolo de papel higiênico e conseguiu fazer com que a mensagem chegasse até outras pessoas.
Não consigo nem imaginar o nível de desespero que leva alguém a usar o último recurso possível, literalmente o que tem no banheiro, para tentar salvar a própria vida.
Histórico que preocupa
O que mais assusta nesse caso todo é que não foi um incidente isolado. O indivíduo já tinha passagem pela polícia por agredir a mesma vítima. Dá pra acreditar? A Justiça já estava de olho nele, e mesmo assim a situação escalou para esse ponto extremo.
O Ministério Público catarinense argumentou — e com razão, diga-se de passagem — que a prisão preventiva se fazia necessária para garantir a segurança da mulher. Afinal, quando alguém demonstra tamanho descaso pela vida alheia, que garantias temos de que não vai repetir o comportamento?
O caso segue sob investigação, mas uma coisa é certa: a criatividade desesperada de uma vítima encontrou eco no sistema de Justiça, que agiu rápido para proteger quem precisava de proteção. E que bom que assim seja, não é mesmo?