Feminicídio Choca Serra Talhada: Ex-Companheiro Assassina Mulher a Facadas
Feminicídio choca Serra Talhada: ex-assassina mulher a facadas

Era pra ser uma terça-feira comum em Serra Talhada, no agreste pernambucano. Mas o dia 19 de agosto de 2025 vai ficar marcado na memória de todos – especialmente de duas crianças que testemunharam o pesadelo mais cruel que se pode imaginar.

Por volta das 19h30, a rotina tranquila do bairro foi quebrada por gritos. Gritos de pavor. José Roberto da Silva, o "Zé Roberto", 38 anos, invadiu a casa da ex-companheira como um furacão de ódio. Não era uma visita. Era uma missão de morte.

Maria José da Silva, 42 anos, mãe, trabalhadora, dona de casa... não teve chance. Zé Roberto estava armado com uma faca – aquela faca que talvez tenha cortado legumes na cozinha deles, que talvez tenha fatiado a carne do almoço de domingo. Agora era instrumento de ódio.

Às vistas das crianças

Os filhos do casal – Deus, as crianças – viram tudo. Como explicar o inexplicável? Como apagar da memória infantil a imagem do próprio pai transformado em monstro, atacando a própria mãe com uma fúria que nem os filmes de terror mostram?

As facadas foram múltiplas. Precisas. Letais. Zé Roberto não estava brincando – queria garantir o trabalho. E garantiu. Maria José não resistiu aos ferimentos. A vida escapou por entre os cortes, ali mesmo, no chão da própria casa, diante dos olhos dos filhos.

A fuga... e a captura

Zé Roberto achou que poderia escapar. Que poderia sumir no mundo como se nada tivesse acontecido. Fugiu do local como um rato, deixando para trás o caos, o sangue, o trauma.

Mas a polícia – ah, a polícia dessa vez foi rápida. Graças a Deus. Horas depois do crime, já tinham o monstro encurralado. Preso no mesmo município, escondendo-se como sempre fazem os covardes depois de cometer suas atrocidades.

Ele não confessou? Claro que não. Criminosos desse tipo raramente confessam. Mas as testemunhas – essas pobres crianças marcadas para sempre – não deixarão dúvidas. A cena do crime fala por si. As câmeras de segurança (se houverem) contarão a história.

Mais um na estatística macabra

Maria José agora é mais um número na lista negra do feminicídio brasileiro. Uma lista que não para de crescer, que envergonha o país perante o mundo civilizado.

Quantas Marias precisam morrer? Quantos Zés Roberts precisam matar até que a sociedade acorde? Até que as leis se tornem mais duras? Até que a proteção às mulheres deixe de ser discurso e vire realidade?

Enquanto isso, em Serra Talhada, duas crianças choram a perda da mãe – e tentam entender como o pai que deveria protegê-las se transformou no algoz da família.

O caso agora está nas mãos da justiça. Que faça seu trabalho. Rapidamente.